21/05/2007 Undime
Ao Diretor de Redação, Revista Veja
Sobre a reportagem “Luxo zero, ensino nota dez”, é lamentável que se chame de “luxo” insumos básicos para o bom funcionamento de uma escola, como infra-estrutura, equipamentos e materiais didáticos adequados. Parabenizamos as sete escolas mencionadas que, mesmo sendo “depósitos de cadeiras sem encosto, acumulando goteiras e tendo vidros (eternamente) quebrados”, são campeãs de ensino.
No entanto, com tal nível de precariedade, essas escolas não devem ser tomadas como modelo de política pública. Ter acesso a escolas bem equipadas e bem cuidadas é questão de direito humano para os mais de 50 milhões de alunos de nossa educação básica pública. Como também é direito dos mais de 2 milhões de profissionais do setor terem condições dignas de trabalho, incluindo salários decentes e formação adequada.
Se as condições materiais realmente não fizessem diferença, a elite brasileira não gastaria fortunas para manter seus filhos em caríssimas escolas privadas, com ótima infra-estrutura. Nem tampouco os pais das classes trabalhadoras mal remuneradas formariam filas para garantir vagas em escolas públicas bem conceituadas.
Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Membro Titular do Conselho Nacional de Juventude.
RG 28.330.408-X
Rua General Jardim, 660, 01223-010, São Paulo/SP
Tel.: (11) 3151-2333 r. 112
Cel.: (11) 8454-1122
Ao Diretor de Redação, Revista Veja Sobre a reportagem “Luxo zero, ensino nota dez”, é lamentável que se chame de “luxo” insumos básicos para o bom funcionamento de uma escola, como infra-estrutura, equipamentos e materiais didáticos adequados. Parabenizamos as sete escolas mencionadas que, mesmo sendo “depósitos de cadeiras sem encosto, acumulando goteiras e tendo vidros (eternamente) quebrados”, são campeãs de ensino. No entanto, com tal nível de precariedade, essas escolas não devem ser tomadas como modelo de política pública. Ter acesso a escolas bem equipadas e bem cuidadas é questão de direito humano para os mais de 50 milhões de alunos de nossa educação básica pública. Como também é direito dos mais de 2 milhões de profissionais do setor terem condições dignas de trabalho, incluindo salários decentes e formação adequada. Se as condições materiais realmente não fizessem diferença, a elite brasileira não gastaria fortunas para manter seus filhos em caríssimas escolas privadas, com ótima infra-estrutura. Nem tampouco os pais das classes trabalhadoras mal remuneradas formariam filas para garantir vagas em escolas públicas bem conceituadas. Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Membro Titular do Conselho Nacional de Juventude. RG 28.330.408-X Rua General Jardim, 660, 01223-010, São Paulo/SP Tel.: (11) 3151-2333 r. 112 Cel.: (11) 8454-1122