05/12/2002 Undime
Enquanto as opiniões se dividem, para o Reitor Carlos Henrique de Brito Cruz , da Universidade de Campinas, a resposta à pergunta é direta: Universidade existe para fazer avançar o conhecimento humano através da formação de pessoal capaz de criar conhecimento e inovação.
Além do papel das Universidades, nessa entrevista exclusiva para o i-Coletiva , Brito Cruz fala, entre outras questões, da importância do conhecimento e da inovação tecnológica para o país e do papel do governo e dos atores sociais, principalmente empresariado, nesse avanço: "As universidades podem, às vezes, ajudar empresas a desenvolver tecnologia, mas esta não é a regra. Institutos de pesquisa fazem isto com maior freqüência quando têm como objetivo desenvolver certas tecnologias. (...) Seria um erro de proporções oceânicas acreditar que o desenvolvimento tecnológico no Brasil pudesse ser feito exclusivamente pelas boas universidades. Nenhum país do mundo fez ou faz assim. Nos países que souberam fazer desenvolvimento baseado no conhecimento a maior parte dos pesquisadores trabalha para empresas. Então aqui, como lá, a empresa deve ser o local privilegiado da inovação".
Carioca de nascimento, mas paulista por adoção (mudou-se para São Paulo aos 4 anos de idade), Carlos Henrique de Brito Cruz é reitor da Unicamp desde abril de 2002. Professor titular do Instituto de Física da Unicamp, do qual foi diretor por duas vezes, graduou-se em Engenharia Eletrônica no ITA (1978) e obteve mestrado e doutorado em Física na Unicamp (1980 e 1983). Sua área de pesquisa é a Física Experimental, na qual estuda fenômenos ultra-rápidos usando lasers de pulsos ultracurtos. Foi também pró-reitor de Pesquisa da Unicamp de 1994 a 1998. Desde 1995 é membro do Conselho Superior da Fapesp), entidade que presidiu de 1996 a junho de 2002. É membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Academia Brasileira de Ciências e da Ordem do Mérito Científico.
A partir dos anos 90 principalmente, a soma de capacitação de recursos humanos, avanço do conhecimento e estímulo da parceria universidade-empresa consagrou-se como a fórmula em direção ao crescimento econômico e ao desenvolvimento sustentável de uma nação. Diante de tal equação, perguntar-se sobre o papel da Universidade num país como o Brasil, com tantas diferenças regionais, entrou na ordem do dia. Ainda mais hoje, diante da recente discussão sobre a transferência da gestão do ensino superior do Ministério da Educação para o de Ciência e Tecnologia. Enquanto as opiniões se dividem, para o Reitor Carlos Henrique de Brito Cruz , da Universidade de Campinas, a resposta à pergunta é direta: Universidade existe para fazer avançar o conhecimento humano através da formação de pessoal capaz de criar conhecimento e inovação. Além do papel das Universidades, nessa entrevista exclusiva para o i-Coletiva , Brito Cruz fala, entre outras questões, da importância do conhecimento e da inovação tecnológica para o país e do papel do governo e dos atores sociais, principalmente empresariado, nesse avanço: "As universidades podem, às vezes, ajudar empresas a desenvolver tecnologia, mas esta não é a regra. Institutos de pesquisa fazem isto com maior freqüência quando têm como objetivo desenvolver certas tecnologias. (...) Seria um erro de proporções oceânicas acreditar que o desenvolvimento tecnológico no Brasil pudesse ser feito exclusivamente pelas boas universidades. Nenhum país do mundo fez ou faz assim. Nos países que souberam fazer desenvolvimento baseado no conhecimento a maior parte dos pesquisadores trabalha para empresas. Então aqui, como lá, a empresa deve ser o local privilegiado da inovação". Carioca de nascimento, mas paulista por adoção (mudou-se para São Paulo aos 4 anos de idade), Carlos Henrique de Brito Cruz é reitor da Unicamp desde abril de 2002. Professor titular do Instituto de Física da Unicamp, do qual foi diretor por duas vezes, graduou-se em Engenharia Eletrônica no ITA (1978) e obteve mestrado e doutorado em Física na Unicamp (1980 e 1983). Sua área de pesquisa é a Física Experimental, na qual estuda fenômenos ultra-rápidos usando lasers de pulsos ultracurtos. Foi também pró-reitor de Pesquisa da Unicamp de 1994 a 1998. Desde 1995 é membro do Conselho Superior da Fapesp), entidade que presidiu de 1996 a junho de 2002. É membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Academia Brasileira de Ciências e da Ordem do Mérito Científico.