05/01/2004 Undime
Casa de apoio funciona há 18 anos através de doações e parcerias Damásio Dias
Mais de 10 mil crianças e adolescentes da Grande João Pessoa já foram beneficiados por algum projeto ou serviço da Casa Pequeno Davi, em 18 anos de existência da instituição. Cerca de 320 meninas e meninos, entre 7 e 17 anos de idade, participam de atividades desenvolvidas na sede do projeto no Baixo Róger. A organização atende basicamente a garotos em situação de risco social, através de lazer, prevenção, educação e iniciação profissional.
Durante todo o ano, a solidariedade é o que move as atividades desenvolvidas na instituição que conta com vários parceiros que ajudam a mantê-la em funcionamento. Todos os recursos financeiros na manutenção dessa obra social vem de doações pessoais e repasse de convênios firmados com
organismos internacionais. Quase 85% das despesas são pagas com doações de voluntários estrangeiros, principalmente da Holanda e Alemanha.
O projeto, como os próprios voluntários dizem, "é feito com o coração e muito afeto", porém, precisa de ajuda para se manter. A contribuição financeira é muito importante, mas, a participação através de visitas, apoio e um pouco de alegria para as crianças traz um resultado ainda mais gratificante.
Qualquer tipo de doação é fundamental para a manutenção das atividades da Casa Pequeno Davi. Nem sempre o dinheiro é a melhor contribuição, que pode chegar em forma de material de limpeza, didático, esportivo e alimentos. Como as organizações internacionais não costumam financiar a
compra de alimentos, a direção da Casa está sempre buscando um jeito para que a merenda das crianças não falte.
Segundo o coordenador administrativo da organização, Dimas Gomes da Silva, o espírito solidário das pessoas vem crescendo em todo o país, mas, ainda não é o ideal para as necessidades locais. "Seria ótimo que o espírito natalino se estendesse durante os 12 meses do ano, mas, já houve um certo avanço nessa direção", afirmou.
Vários voluntários conseguem reunir amigos para fazer doações para a Casa. São pessoas que se identificam com a obra e assumem a responsabilidade de contribuir com a sua manutenção de alguma forma, seja com dinheiro, apoio ou trabalho numa determinada parcela do seu tempo.
Nesse estágio de contribuição, vários grupos que se abriram para a questão da responsabilidade social estão começando a assumir algumas organizações. No caso da Casa Pequeno Davi, empresas de diversos ramos se solidarizam com a direção e buscam formas de contribuir durante o ano todo.
Essas empresas assumiram essa preocupação e espalham o clima de confraternização e solidariedade sempre.
A Antares Comunicação é uma das empresas que colabora na produção e execução de campanhas para a arrecadação e divulgação das atividades da Casa. Outra empresa que sempre contribui com a manutenção da instituição é a Buon Gelatto, fabricante de sorvetes.
Famílias também são beneficiadas
Segundo Dimas Gomes da Silva, o trabalho realizado junto às famílias tem refletido diretamente na qualidade de vida de toda a comunidade. Para ele, o resultado mais positivo verificado nesses anos de atuação na Capital está no fato de contribuir com a criação de boas expectativas nas crianças e seus parentes. "Um resultado fantástico alcançado, diante das dificuldades, é desenvolver nos meninos o interesse pelos estudos. Hoje temos os meninos que sonham, que têm desejos", destacou.
A Casa Pequeno Davi surgiu com o objetivo de servir de abrigo para as crianças e adolescentes que viviam nas ruas da Capital. Em 1995, uma equipe da Pastoral do Menor iniciou um trabalho educacional com a comunidade do Róger com o objetivo de prevenir a marginalização desses jovens.
Os garotos devem estar matriculados regularmente para ingressarem no projeto. As crianças passam três horas na casa, numa espécie de jornada ampliada para complementar o tempo livre, com outras atividades lúdicas, pedagógicas, culturais e esportivas. Eles também participam de atividades de
formação humana e cidadania.
A partir dos 14 anos, as meninas e meninos começam a freqüentar cursos de iniciação profissional em serigrafia, marcenaria e informática. Na parte de oficinas pedagógicas estão incluídas atividades esportivas e artísticas. São oferecidas oficinas de dança, de música e artesanato.
As atividades são desenvolvidas com o objetivo de que as crianças aprendam noções de cidadania e sociedade através de brincadeiras e outras formas que mexam com a sua imaginação. Nas oficinas artísticas, eles trabalham com recortes, colagens, montagem de objetos e pinturas.
Natália Maria Costa da Silva, de 12 anos, é uma das crianças atendidas pela Casa Pequeno Davi. Ela conta que, desde os sete, participa da programação de jornada estendida do local e tem aprendido muito sobre o respeito a vida e aos semelhantes. "O que sou hoje em dia, agradeço as
brincadeiras e lições que eu recebi das tias. Se não fosse a Casa, não teria conhecido o computador, uma aula que vai me servir pro resto da vida", afirmou.
Ela defende que seja ampliado o trabalho dos voluntários da casa, com a abertura de vagas para mais crianças. Natália revelou que tem o sonho de se tornar uma médica veterinária porque gosta de animais, preferindo os gatos. "Meu pai é operador de máquinas e minha mãe é vendedora de confecções, mas, eu quero dar um futuro melhor pra eles com o meu esforço", explica.
Expectativa de futuro melhor
O desejo de um futuro melhor faz parte do pensamento da maioria das crianças que freqüentam as oficinas e aulas da instituição. Para Dimas Gomes, através de lições positivas, a realidade difícil dessas crianças está sendo modificada e os resultados refletem diretamente na vida de a família.
Segundo a dona de casa Maria Salete de Almeida, com dois filhos freqüentando a casa, os seus meninos aprenderam a ser ótimos filhos depois de entraram na instituição. "O trabalho da Pequeno Davi é maravilhoso porque nosso filhos aprendem o que é certo e ajuda na educação deles. Depois que Daniel Marcelo veio pra cá, ficou mais dedicado aos estudos e mais carinhoso", afirmou.
Maria Salete faz questão de participar das atividades da instituição e está participando de cursos de capacitação para os pais, sobre os temas violência doméstica, trabalho infantil e educação. De acordo com a direção da Casa, está passando pela capacitação um grupo de 130 famílias, em quatro escolas públicas de João Pessoa.
Para a mãe de outro aluno, a dona-de-casa Luciene Vicente da Silva, a formação recebida nas oficinas pedagógicas da instituição ajudou o garoto Lindemberg, de nove anos, a desenvolver-se. "Ele está mais esperto e ativo. Passou a participar mais das coisas em casa e tem apresentado um desempenho bem melhor nas notas da escola. Outra coisa foi o tratamento comigo e o pai: ficando mais atencioso e obediente", destaca.
Atividades educacionais
A Casa Pequeno Davi vem contribuindo no resgate de sonhos das crianças e adolescentes em situação de risco social, desde 1985. No início, foi criada apenas para abrigar os meninos que viviam nas ruas. Atualmente desenvolve atividades educacionais com crianças e adolescentes do Baixo Róger, adjascência do Terminal Rodoviário e bairros da periferia de João Pessoa.
O objetivo da instituição é contribuir com a promoção dos direitos da criança e do adolescente através de ações de educação integral e de intervenção nos espaços políticos da Paraíba. Eles fazem parte do público atendido pela casa 130 famílias. Os mesmos temas trabalhados com os meninos são trabalhados com os pais.
Violência intra-familiar, trabalho infantil e educação. Etnia, gênero.
Nas oficinas de marcenaria, serigrafia, informática, artes plásticas e artesanato os alunos exercitam a sua capacidade de criação e aprendem uma profissão para um futuro ingresso no mercado de trabalho. Com a participação nessas oficinas, os garotos aprendem a se relacionar com ferramentas e materiais, conhecendo as suas potencialidades e limitações.
O trabalho na Casa Pequeno Davi é compartilhado entre voluntários, que dedicam parte do seu tempo para conseguir donativos ou mesmo realizar algum serviço junto às crianças.
Fundada em 1985 por religiosos de São Vicente de Paulo, com o objetivo de abrigar crianças e adolescentes que viviam nas ruas, a obra ampliou seu alcance social com a ajuda de vários parceiros. Conheceram o trabalho realizado pelos voluntários e funcionários da Casa Pequeno Davi. A Casa Pequeno Davi é uma obra realizada por várias mãos e que só tem crescido em alcance social com a prevenção, formação e o resgate de crianças e adolescentes em situação de risco.
Em 1995, um grupo da pastoral do menor começou a fazer um trabalho com a iniciação profissional de adolescentes. Trabalha com o grupo de a comunidade do baixo Roger.
320 crianças dos 7 aos 17 anos. Depois disso são encaminhados para um curso de aperfeiçoamento ou começar seu próprio negócio.
Casa de apoio funciona há 18 anos através de doações e parcerias Damásio DiasMais de 10 mil crianças e adolescentes da Grande João Pessoa já foram beneficiados por algum projeto ou serviço da Casa Pequeno Davi, em 18 anos de existência da instituição. Cerca de 320 meninas e meninos, entre 7 e 17 anos de idade, participam de atividades desenvolvidas na sede do projeto no Baixo Róger. A organização atende basicamente a garotos em situação de risco social, através de lazer, prevenção, educação e iniciação profissional.Durante todo o ano, a solidariedade é o que move as atividades desenvolvidas na instituição que conta com vários parceiros que ajudam a mantê-la em funcionamento. Todos os recursos financeiros na manutenção dessa obra social vem de doações pessoais e repasse de convênios firmados comorganismos internacionais. Quase 85% das despesas são pagas com doações de voluntários estrangeiros, principalmente da Holanda e Alemanha.O projeto, como os próprios voluntários dizem, "é feito com o coração e muito afeto", porém, precisa de ajuda para se manter. A contribuição financeira é muito importante, mas, a participação através de visitas, apoio e um pouco de alegria para as crianças traz um resultado ainda mais gratificante.Qualquer tipo de doação é fundamental para a manutenção das atividades da Casa Pequeno Davi. Nem sempre o dinheiro é a melhor contribuição, que pode chegar em forma de material de limpeza, didático, esportivo e alimentos. Como as organizações internacionais não costumam financiar acompra de alimentos, a direção da Casa está sempre buscando um jeito para que a merenda das crianças não falte.Segundo o coordenador administrativo da organização, Dimas Gomes da Silva, o espírito solidário das pessoas vem crescendo em todo o país, mas, ainda não é o ideal para as necessidades locais. "Seria ótimo que o espírito natalino se estendesse durante os 12 meses do ano, mas, já houve um certo avanço nessa direção", afirmou.Vários voluntários conseguem reunir amigos para fazer doações para a Casa. São pessoas que se identificam com a obra e assumem a responsabilidade de contribuir com a sua manutenção de alguma forma, seja com dinheiro, apoio ou trabalho numa determinada parcela do seu tempo.Nesse estágio de contribuição, vários grupos que se abriram para a questão da responsabilidade social estão começando a assumir algumas organizações. No caso da Casa Pequeno Davi, empresas de diversos ramos se solidarizam com a direção e buscam formas de contribuir durante o ano todo.Essas empresas assumiram essa preocupação e espalham o clima de confraternização e solidariedade sempre.A Antares Comunicação é uma das empresas que colabora na produção e execução de campanhas para a arrecadação e divulgação das atividades da Casa. Outra empresa que sempre contribui com a manutenção da instituição é a Buon Gelatto, fabricante de sorvetes.Famílias também são beneficiadasSegundo Dimas Gomes da Silva, o trabalho realizado junto às famílias tem refletido diretamente na qualidade de vida de toda a comunidade. Para ele, o resultado mais positivo verificado nesses anos de atuação na Capital está no fato de contribuir com a criação de boas expectativas nas crianças e seus parentes. "Um resultado fantástico alcançado, diante das dificuldades, é desenvolver nos meninos o interesse pelos estudos. Hoje temos os meninos que sonham, que têm desejos", destacou.A Casa Pequeno Davi surgiu com o objetivo de servir de abrigo para as crianças e adolescentes que viviam nas ruas da Capital. Em 1995, uma equipe da Pastoral do Menor iniciou um trabalho educacional com a comunidade do Róger com o objetivo de prevenir a marginalização desses jovens. Os garotos devem estar matriculados regularmente para ingressarem no projeto. As crianças passam três horas na casa, numa espécie de jornada ampliada para complementar o tempo livre, com outras atividades lúdicas, pedagógicas, culturais e esportivas. Eles também participam de atividades deformação humana e cidadania.A partir dos 14 anos, as meninas e meninos começam a freqüentar cursos de iniciação profissional em serigrafia, marcenaria e informática. Na parte de oficinas pedagógicas estão incluídas atividades esportivas e artísticas. São oferecidas oficinas de dança, de música e artesanato. As atividades são desenvolvidas com o objetivo de que as crianças aprendam noções de cidadania e sociedade através de brincadeiras e outras formas que mexam com a sua imaginação. Nas oficinas artísticas, eles trabalham com recortes, colagens, montagem de objetos e pinturas.Natália Maria Costa da Silva, de 12 anos, é uma das crianças atendidas pela Casa Pequeno Davi. Ela conta que, desde os sete, participa da programação de jornada estendida do local e tem aprendido muito sobre o respeito a vida e aos semelhantes. "O que sou hoje em dia, agradeço asbrincadeiras e lições que eu recebi das tias. Se não fosse a Casa, não teria conhecido o computador, uma aula que vai me servir pro resto da vida", afirmou.Ela defende que seja ampliado o trabalho dos voluntários da casa, com a abertura de vagas para mais crianças. Natália revelou que tem o sonho de se tornar uma médica veterinária porque gosta de animais, preferindo os gatos. "Meu pai é operador de máquinas e minha mãe é vendedora de confecções, mas, eu quero dar um futuro melhor pra eles com o meu esforço", explica.Expectativa de futuro melhorO desejo de um futuro melhor faz parte do pensamento da maioria das crianças que freqüentam as oficinas e aulas da instituição. Para Dimas Gomes, através de lições positivas, a realidade difícil dessas crianças está sendo modificada e os resultados refletem diretamente na vida de a família.Segundo a dona de casa Maria Salete de Almeida, com dois filhos freqüentando a casa, os seus meninos aprenderam a ser ótimos filhos depois de entraram na instituição. "O trabalho da Pequeno Davi é maravilhoso porque nosso filhos aprendem o que é certo e ajuda na educação deles. Depois que Daniel Marcelo veio pra cá, ficou mais dedicado aos estudos e mais carinhoso", afirmou.Maria Salete faz questão de participar das atividades da instituição e está participando de cursos de capacitação para os pais, sobre os temas violência doméstica, trabalho infantil e educação. De acordo com a direção da Casa, está passando pela capacitação um grupo de 130 famílias, em quatro escolas públicas de João Pessoa.Para a mãe de outro aluno, a dona-de-casa Luciene Vicente da Silva, a formação recebida nas oficinas pedagógicas da instituição ajudou o garoto Lindemberg, de nove anos, a desenvolver-se. "Ele está mais esperto e ativo. Passou a participar mais das coisas em casa e tem apresentado um desempenho bem melhor nas notas da escola. Outra coisa foi o tratamento comigo e o pai: ficando mais atencioso e obediente", destaca.Atividades educacionaisA Casa Pequeno Davi vem contribuindo no resgate de sonhos das crianças e adolescentes em situação de risco social, desde 1985. No início, foi criada apenas para abrigar os meninos que viviam nas ruas. Atualmente desenvolve atividades educacionais com crianças e adolescentes do Baixo Róger, adjascência do Terminal Rodoviário e bairros da periferia de João Pessoa.O objetivo da instituição é contribuir com a promoção dos direitos da criança e do adolescente através de ações de educação integral e de intervenção nos espaços políticos da Paraíba. Eles fazem parte do público atendido pela casa 130 famílias. Os mesmos temas trabalhados com os meninos são trabalhados com os pais.Violência intra-familiar, trabalho infantil e educação. Etnia, gênero.Nas oficinas de marcenaria, serigrafia, informática, artes plásticas e artesanato os alunos exercitam a sua capacidade de criação e aprendem uma profissão para um futuro ingresso no mercado de trabalho. Com a participação nessas oficinas, os garotos aprendem a se relacionar com ferramentas e materiais, conhecendo as suas potencialidades e limitações.O trabalho na Casa Pequeno Davi é compartilhado entre voluntários, que dedicam parte do seu tempo para conseguir donativos ou mesmo realizar algum serviço junto às crianças.Fundada em 1985 por religiosos de São Vicente de Paulo, com o objetivo de abrigar crianças e adolescentes que viviam nas ruas, a obra ampliou seu alcance social com a ajuda de vários parceiros. Conheceram o trabalho realizado pelos voluntários e funcionários da Casa Pequeno Davi. A Casa Pequeno Davi é uma obra realizada por várias mãos e que só tem crescido em alcance social com a prevenção, formação e o resgate de crianças e adolescentes em situação de risco.Em 1995, um grupo da pastoral do menor começou a fazer um trabalho com a iniciação profissional de adolescentes. Trabalha com o grupo de a comunidade do baixo Roger.320 crianças dos 7 aos 17 anos. Depois disso são encaminhados para um curso de aperfeiçoamento ou começar seu próprio negócio.