18/06/2015 Undime
Ideia é dar subsídios aos governos e organismos para que novas políticas públicas sejam pensadas
O Brasil tem hoje cerca de 3,8 milhões de crianças e adolescentes fora das escolas. A fim de reduzir esses números, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) vem desenvolvendo, desde de 2010, o programa “Fora da Escola Não Pode”, iniciativa que agora conta com uma nova linha de ação. Na luta por essa causa, o Instituto Tim juntou-se ao Fundo e vem desenvolvendo uma ferramenta tecnológica que visa facilitar a identificação daquelas crianças e adolescentes que estão fora dos bancos escolares.
“Uma das coisas principais é encontrar a criança, sim, mas, a pergunta chave que a ferramenta vai ajudar a responder é: por que essa criança não está na escola?”, ressalta Gary Stahl, representante do Unicef no Brasil. Ele alerta que o aplicativo ajudará os governos a criarem políticas públicas de fato efetivas para sanar o problema. “A ministra Campello [Tereza Campelo, do MDS], falou na abertura do Fórum sobre a necessidade do Brasil desenvolver políticas diferenciadas. Depois de 15 anos com a mesma política, se não estamos com 100% das crianças e adolescentes na escola é preciso saber os motivos”, reforça ao explicar que com a nova solução vai ser possível formar uma ampla e completa base de dados disponível para consulta de todos os entes federados.
“Desde que eu tinha seis anos eu ouvia que o Brasil é o pais do futuro e não conseguimos chegar a esse futuro por causa da educação. Esse tem que ser um tema prioritário”, declara Manoel Horácio, presidente do Instituto Tim.
O Instituto TIM vai oferecer a mesma tecnologia utilizada em ações já desenvolvidas em ações da Pastoral da Criança e no projeto Agentes da TransformAção, desenvolvido em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), no Rio de Janeiro: um sistema de busca ativa via software livre. A idéia é ofertar a ferramenta de forma gratuita aos municípios para que eles possam, por meio de profissionais de diferentes áreas das prefeituras, de Organismos Não Governamentais (ONGs) e outras instituições, identificar durante interações com a comunidade, casos de crianças que estão fora das escolas. O diferencial é que o questionário pode ser preenchido por smartphones e tablets. Além disso, as perguntas são bastante abrangentes o que propicia uma base de dados mais rica e cruzamentos de dados mais precisos.
O projeto piloto prevê implantar a ferramenta em 20 municípios brasileiros, de diferentes tamanhos e realidades, a partir de setembro, sendo a primeira cidade São Bernardo do Campo.
Autor: Kalinka Iaquinto para Undime
Ideia é dar subsídios aos governos e organismos para que novas políticas públicas sejam pensadas O Brasil tem hoje cerca de 3,8 milhões de crianças e adolescentes fora das escolas. A fim de reduzir esses números, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) vem desenvolvendo, desde de 2010, o programa “Fora da Escola Não Pode”, iniciativa que agora conta com uma nova linha de ação. Na luta por essa causa, o Instituto Tim juntou-se ao Fundo e vem desenvolvendo uma ferramenta tecnológica que visa facilitar a identificação daquelas crianças e adolescentes que estão fora dos bancos escolares. “Uma das coisas principais é encontrar a criança, sim, mas, a pergunta chave que a ferramenta vai ajudar a responder é: por que essa criança não está na escola?”, ressalta Gary Stahl, representante do Unicef no Brasil. Ele alerta que o aplicativo ajudará os governos a criarem políticas públicas de fato efetivas para sanar o problema. “A ministra Campello [Tereza Campelo, do MDS], falou na abertura do Fórum sobre a necessidade do Brasil desenvolver políticas diferenciadas. Depois de 15 anos com a mesma política, se não estamos com 100% das crianças e adolescentes na escola é preciso saber os motivos”, reforça ao explicar que com a nova solução vai ser possível formar uma ampla e completa base de dados disponível para consulta de todos os entes federados. “Desde que eu tinha seis anos eu ouvia que o Brasil é o pais do futuro e não conseguimos chegar a esse futuro por causa da educação. Esse tem que ser um tema prioritário”, declara Manoel Horácio, presidente do Instituto Tim. O Instituto TIM vai oferecer a mesma tecnologia utilizada em ações já desenvolvidas em ações da Pastoral da Criança e no projeto Agentes da TransformAção, desenvolvido em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), no Rio de Janeiro: um sistema de busca ativa via software livre. A idéia é ofertar a ferramenta de forma gratuita aos municípios para que eles possam, por meio de profissionais de diferentes áreas das prefeituras, de Organismos Não Governamentais (ONGs) e outras instituições, identificar durante interações com a comunidade, casos de crianças que estão fora das escolas. O diferencial é que o questionário pode ser preenchido por smartphones e tablets. Além disso, as perguntas são bastante abrangentes o que propicia uma base de dados mais rica e cruzamentos de dados mais precisos. O projeto piloto prevê implantar a ferramenta em 20 municípios brasileiros, de diferentes tamanhos e realidades, a partir de setembro, sendo a primeira cidade São Bernardo do Campo. Autor: Kalinka Iaquinto para Undime