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24/02/2003 Undime

Brasília: 4,2 mil alunos sem aula hoje

Centro Educacional Polivalente, na 914 Sul: construção inacabada
 
  Ano novo, transtorno antigo. A volta às aulas na rede pública do Distrito Federal está marcada para hoje. No entanto, para um grupo de 4.200 estudantes o ano letivo só começa mesmo amanhã e em outra escola. Eles estudam em três — das 639 — unidades da Secretaria de Educação que estão em reforma desde o ano passado e não ficarão prontas a tempo.

  O mutirão também atingiu outras 350 escolas da rede pública, nas quais foram feitas pequenas obras de manutenção. Segundo o engenheiro Ronaldo Borges Coelho, da Gerência de Engenharia da Secretaria de Educação, o restante das escolas está sendo vistoriado. Muitas delas terão de ser reformadas totalmente durante o ano. E, certamente, os alunos serão transferidos para outras unidades.

  ‘‘Tem que piorar para melhorar’’, brincou a dona-de-casa Izony dos Santos Miranda, 49 anos, que visitou semana passada a escola da filha na Asa Sul. Lídia, 12 anos, vai cursar a 7ªsérie no Centro de Ensino Fundamental Polivalente, na 913 Sul. Uma das mais antigas escolas da rede pública do DF, com quase 30 anos, passa pela primeira reforma geral desde novembro do ano passado. ‘‘Faremos um sacrifício, mas será para o bem dos nossos filhos’’, conformou-se Izony. ‘‘Era necessário’’, concordou a professora Luciana Maria Souza, 40, mãe de outra aluna do Polivalente — Isabela, 10, que cursa este ano a 5ªsérie.

  Com a obra no Polivalente, os 700 alunos serão transferidos para a Escola Parque da 314 Sul. A direção garantiu que não haverá prejuízos para o aprendizado nem no calendário letivo. ‘‘Lá, tem umas salas disponíveis e serão emprestadas para nós’’, explicou o diretor Fábio Pereira de Sousa. Os funcionários administrativos do colégio também serão remanejados. A obra do Polivalente, que custará R$ 1 milhão, está prevista para terminar até o final de abril.

  No início da reforma do Polivalente, em novembro, não foi necessária a remoção dos alunos. A obra começou com a ampliação de salas de aula em uma área nos fundos do terreno. Em janeiro, a reforma chegou à parte antiga do colégio. Piso, teto, janelas, portas, instalações elétrica e hidráulica estão sendo trocados, além de toda mobília — mesas e cadeiras.

  As outras duas escolas que estarão fechadas no início das aulas são o Centro de Ensino Fundamental 01 do Paranoá e o Centro de Ensino Gesner Teixeira, no Gama. Elas estão sendo reconstruídas desde o ano passado — os prédios antigos foram demolidos. Os 1.500 alunos do Paranoá vão para o Centro de Ensino Fundamental 07 da Asa Norte e os do Gama, para a Escola Classe 100 da cidade. Na reforma das duas escolas, o GDF vai gastar R$ 4,7 milhões. Segundo a secretária de Educação, Maria de Fátima Guerra, este ano o investimento em reforma será de R$ 12 milhões.


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