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29/07/2016 Undime

Seminário no DF discute a 2ª versão da Base Nacional Comum Curricular com a participação de diferentes segmentos educacionais

Nos dias 26 e 28 de julho foi a vez do Distrito Federal debater a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Sob o olhar atento e a dedicação de 307 participantes, entre professores, estudantes do Ensino Médio, especialistas e representantes de entidades educacionais, o evento teve como objetivo propor contribuições à segunda versão do documento.

Para a professora do Grupo Mathema - instituição que há 18 anos pesquisa e desenvolve métodos pedagógicos para melhorar a qualidade do ensino da matemática - e representante do Movimento pela Base, Kátia Smole, essa fase de debate da Base, por meio de seminários estaduais e o distrital, faz com que os diferentes atores educacionais se sintam responsáveis pelo documento. "Acho que é um passo importante numa construção coletiva e, ao meu ver, cria um sentimento de responsabilização, porque todas as pessoas que participarem precisam entender do movimento histórico que nós estamos vivendo na construção democrática desse currículo, precisam entender a importância que essa Base curricular tem para a formação, para o futuro da educação e pelas implicações que ela terá", avaliou.

A Base Nacional Comum Curricular está prevista na Lei 13.005 de 2014, que estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE). De acordo com a Lei, a BNCC representa a proposta dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os alunos da educação básica e deve ser elaborada e enviada ao Conselho Nacional de Educação (CNE), após consulta pública. Na primeira etapa de consulta pública o Ministério da Educação (MEC) recebeu mais de 12 milhões de contribuições. A segunda etapa é a que está acontecendo nos estados e no DF entre os meses de junho e agosto.

Especialistas acreditam que da primeira para a segunda versão da Base, já houveram mudanças significativas. Luis Carlos de Menezes é professor e faz parte do grupo de 116 pessoas que, em conjunto, elaborou a primeira versão do documento. "Há uma mudança de qualidade muito expressiva. O primeiro documento era muito provisório. O segundo está muito melhor", afirmou. Segundo Menezes, a segunda versão dialoga mais com a realidade das escolas. “Há mudanças de organização, que eu acho que são centrais, são importantes. O fato de termos trabalhado meramente por áreas do conhecimento sem uma atenção mais específica, organizatória para as etapas, põe o primeiro documento de costas para a escola. A escola não se organiza por áreas. A escola se organiza por etapas". Na avaliação do professor, o primeiro salto foi respeitar as etapas. O segundo ponto que avançou, na visão dele, foi a questão da progressão.

O secretário de educação do Distrito Federal, Júlio Gregório Filho, participou da cerimônia de abertura do seminário e destacou que a Base precisa ser pensada de forma a respeitar a diversidade. "Nós não podemos criar uma Base que preencha todo o tempo destinado ao currículo. Essa realmente tem que ser uma Base Comum, mas que dê espaço para que a diversidade ocorra", lembrou ele.

As sugestões do DF apresentadas à segunda versão da BNCC serão consolidadas em um relatório que deverá ser enviado ao comitê gestor dessa etapa, formado pelo Consed e pela Undime. Após a sistematização de todos os relatórios estaduais e o distrital, o comitê enviará um relatório único ao MEC.

Para saber mais sobre os seminários estaduais que discutem a BNCC, acesse: http://seminarios.bncc.undime.org.br/

Fonte: Undime com a colaboração de Daniela Mendes/ UnB


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