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09/08/2017 Undime

100 milhões por 100 milhões

Campanha busca o apoio de 100 milhões de pessoas em defesa de 100 milhões de crianças e jovens que vivem em extrema miséria

No mundo, cerca de 100 milhões de crianças e adolescentes vivem em situação de extrema miséria e ainda possuem seus direitos básicos violados. A fim de alterar esse cenário, foi lançada em junho deste ano a campanha 100 milhões por 100 milhões, uma iniciativa comandada pelo Nobel da Paz, Kailash Satyarthi, e que no Brasil é coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação em parceria com o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI). Os objetivos globais da iniciativa são o fim do trabalho escravo e de toda forma de exploração já no Brasil, soma-se a isso a defesa por uma escola pública de qualidade.

“O mundo apoia uma pauta nacional”, destaca o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, ao ressaltar que a atual política adotada pela esfera federal não tem dado a atenção devida aos programas educacionais e sociais. “A prioridade que está sendo dada hoje é de atender ao mercado em detrimento das políticas sociais”.

No Brasil, as causas apoiadas são: garantir o novo Fundo de Financiamento da Educação Básica (Fundeb), a implementação do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) e a superação da Emenda Constitucional 95/2016 que prevê um teto para os gastos públicos.

Além disso, é essencial no processo a tomada de conscientização – seja por parte das instituições, governos e mesmo dos cidadãos. E, nesse contexto, o papel das escolas é fundamental. “Os professores são pessoas estratégicas porque estão em contato direto com a criança, inclusive aquela que vem do trabalho escravo”, ressalta a representante do FNPETI, Tânia Dornellles. De acordo com o censo de 2010, o Brasil possui 903 municípios com forte presença de trabalho escravo de crianças e adolescentes – número que pode ser ainda maior uma vez que os dados estão defasados. O quadro que se apresenta hoje e que merece um olhar cuidadoso traz crianças na escola, mas também ainda em situação de escravidão. “É difícil mudar a cabeça das pessoas quanto a ilegalidade dessa situação”, alerta Tânia.


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