02/12/2014 Undime
Proposta, na pauta de hoje da Comissão de Educação, torna integral o ensino fundamental público. Pelo texto, a mudança será gradativa e estará concluída até 2025
[caption id="attachment_19664" align="aligncenter" width="440"] Pelo texto, crianças a partir de 6 anos de idade passarão a ter 1,4 mil horas-aula por ano, 600 a mais do que atualmente (Foto: Roque de Sá)[/caption]A Comissão de Educação (CE) deve analisar hoje projeto que pode levar o ensino em tempo integral a todos os estudantes do nível fundamental da rede pública nos próximos dez anos (PLS 255/2014).
De acordo com a proposta, o ensino fundamental passará a ter 1,4 mil horas-aula por ano ? 600 a mais do que a quantidade atual. Como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) estabelece um mínimo de 200 dias letivos, isso representa aumento de cerca de três horas de aula por dia.
Segundo o autor da proposta, Wilson Matos (PSDB-PR), as horas adicionais serão implementadas gradativamente, a partir de 2016. Nesse ano, apenas os estudantes do primeiro ano do ensino fundamental serão atendidos. No ano seguinte, a nova configuração será aplicada também ao segundo ano. Assim, sucessivamente, todos os anos estarão sob o novo regime educacional até 2025.
A medida também será inscrita entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), de forma a assegurar monitoramento e avaliação pelos órgãos superiores competentes. A meta atual relativa à educação integral exige apenas 50% da rede pública contemplada até o fim da vigência do plano.
Para Wilson Matos, essas metas são insuficientes, pois o sistema continuará discriminatório e excludente, fazendo com que muitos alunos abandonem as escolas por desmotivação.
?Temos que ter um projeto pedagógico que contemple 50% a mais de aprendizagem em conteúdos específicos de matemática, ciências e língua portuguesa. O restante do tempo deverá ser dedicado à aprendizagem de artes, estudos filosóficos, esportes e outros programas?, explicou o senador.
O ensino médio também é mencionado no projeto. A nova meta prevê que pelo menos 25% dos estudantes desse nível na rede pública sejam contemplados pela educação integral até o fim da vigência do PNE.
Entretanto, a proposição não apresenta um calendário de implantação da medida para o ensino médio. Emenda do relator na CE, Cristovam Buarque (PDT-DF), também incluiu a educação infantil nessas regras. Ele ainda fez outras adequações de redação entre o projeto e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Autor: Agência Senado
http://www12.senado.leg.br/jornal/edicoes/2014/12/02/projeto-preve-ensino-integral-a-partir-de-2016
Proposta, na pauta de hoje da Comissão de Educação, torna integral o ensino fundamental público. Pelo texto, a mudança será gradativa e estará concluída até 2025 [caption id="attachment_19664" align="aligncenter" width="440"] Pelo texto, crianças a partir de 6 anos de idade passarão a ter 1,4 mil horas-aula por ano, 600 a mais do que atualmente (Foto: Roque de Sá)[/caption] A Comissão de Educação (CE) deve analisar hoje projeto que pode levar o ensino em tempo integral a todos os estudantes do nível fundamental da rede pública nos próximos dez anos (PLS 255/2014). De acordo com a proposta, o ensino fundamental passará a ter 1,4 mil horas-aula por ano ? 600 a mais do que a quantidade atual. Como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) estabelece um mínimo de 200 dias letivos, isso representa aumento de cerca de três horas de aula por dia. Segundo o autor da proposta, Wilson Matos (PSDB-PR), as horas adicionais serão implementadas gradativamente, a partir de 2016. Nesse ano, apenas os estudantes do primeiro ano do ensino fundamental serão atendidos. No ano seguinte, a nova configuração será aplicada também ao segundo ano. Assim, sucessivamente, todos os anos estarão sob o novo regime educacional até 2025. A medida também será inscrita entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), de forma a assegurar monitoramento e avaliação pelos órgãos superiores competentes. A meta atual relativa à educação integral exige apenas 50% da rede pública contemplada até o fim da vigência do plano. Para Wilson Matos, essas metas são insuficientes, pois o sistema continuará discriminatório e excludente, fazendo com que muitos alunos abandonem as escolas por desmotivação. ?Temos que ter um projeto pedagógico que contemple 50% a mais de aprendizagem em conteúdos específicos de matemática, ciências e língua portuguesa. O restante do tempo deverá ser dedicado à aprendizagem de artes, estudos filosóficos, esportes e outros programas?, explicou o senador. O ensino médio também é mencionado no projeto. A nova meta prevê que pelo menos 25% dos estudantes desse nível na rede pública sejam contemplados pela educação integral até o fim da vigência do PNE. Entretanto, a proposição não apresenta um calendário de implantação da medida para o ensino médio. Emenda do relator na CE, Cristovam Buarque (PDT-DF), também incluiu a educação infantil nessas regras. Ele ainda fez outras adequações de redação entre o projeto e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Autor: Agência Senado http://www12.senado.leg.br/jornal/edicoes/2014/12/02/projeto-preve-ensino-integral-a-partir-de-2016