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18/03/2003 Undime

Professores de Manaus querem mudanças no Proformar

Professores de ensino fundamental e médio inscritos no Proformar - um curso de capacitação superior equivalente a graduação e reconhecido pelo Ministério de Educação (MEC) - colocam a "boca no trombone" contra a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Eles se dizem prejudicados com algumas alterações que o curso sofreu em sua segunda etapa, iniciada no dia 12 deste mês. Entre elas, está o desligamento do curso, caso sejam, reprovados em qualquer disciplina durante os três anos e meio.

O Proformar é uma parceria entre a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e a UEA en cumprimento a uma exigência da nova lei de Diretrizes e Bases (LDB). O grupo de 15 professores, que preferem não se identificar, temendo represálias, contam que não têm direito a repetir em nenhuma disciplina, durante os três anos e meio. "Temos uma média de sete matérias por etapa (semestre)", comentam.

Uma das alunas diz que cerca de 100 pessoas já foram desligadas no final da primeira etapa, que encerrou em dezembro de 2002. "O pior são para as senhoras que estão prestes a se aposentar e perdendo o curso, vão ter que sair da sala de aula e alocadas em qualquer outra função, já que não poderão exercer mais a função de professoras."

Outro motivo de aborrecimento entre o grupo de professores-alunos é que as turmas foram divididas em duas partes para poderem fazer as provas. "Cada turma foi separada em dois e enquanto o primeiro grupo faz a prova, o segundo fica do lado de fora da sala, aguardando a sua vez", comentam os alunos, reclamando ainda que o prazo de duas horas para o exame foi reduzido apenas para uma hora. "É muita pressão em cima da gente", diz uma professora.

Mais um absurdo, segundo a turma de reivindicantes, é que apesar de ser aluno do proformar os professores também perderam o direito de receber os passes estudantis. "Dizem que nós já recebemos os vales e que são descontados em nossos contracheques", afirmam. De acordo com eles, continuam trabalhando num turno, quando utilizam os vales. Mas no outro, quando são alunos, têm que receber o que lhes é de direito.


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