Pesquisa contesta idéia de desinteresse dos jovens pela participação nas políticas públicas

O Observatório da Educação e da Juventude, programa da ONG Ação Educativa patrocinado pela Petrobras, encomendou uma pesquisa para o Ibope sobre Controle Social, com o objetivo de conhecer a participação dos cidadãos brasileiros nas instâncias e mecanismos de elaboração, monitoramento e avaliação de políticas públicas, particularmente na área educacional.

A pesquisa, surpreendentemente, mostra que os jovens são os mais interessados em participar dos mecanismos e instâncias capazes de influenciar as políticas (conselhos de Educação, orçamento participativo, audiências públicas e outros): do total de entrevistados, 54% do segmento mais jovem (entre 16 a 24 anos) querem participar, taxa que cai progressivamente com o aumento da idade. Por outro lado, a pesquisa apresentou aos entrevistados o artigo 1o da Constituição de 1988, o qual afirma que "Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente", e questionou se os mesmos sentiam que exerciam tal poder. O resultado demonstra que 30% das pessoas sentem que não exercem poder e que quanto mais jovem, mais isso se acentua, chegando a 35% na faixa de 16 a 24 anos. Vale ressaltar que 44% acreditam que exercem poder e 26% não souberam opinar, sendo que quanto menor o grau de instrução, maior o índice de abstenção.

Outro dado interessante é que 84% dos entrevistados vêem a educação como um direito de todos os cidadãos, ao invés de como um serviço prestado à população (3%) ou como uma boa ação, prestada por quem tem boa vontade (11%). Apesar desse resultado promissor, o qual indica que a noção de educação como direito é apropriada pela população, chama a atenção o dado acima mencionado de que um quarto da população sequer soube opinar a respeito de seu exercício de poder. Dos 44% que sentem que exercem poder, a maioria acha que o faz elegendo representantes, apenas 26% pela sua participação direta e 6% por ambas formas. Assim, a pesquisa constata que ainda que a educação seja reconhecida como um direito, há ainda um longo caminho a trilhar até que o país alcance o exercício de uma cidadania mais ativa.

O Observatório da Educação e da Juventude vai apresentar os resultados da pesquisa para organizações sociais e diversas instâncias do poder público, pois trabalha para uma participação mais ativa do cidadão na vida política do país.

Sobre o Observatório: O Observatório da Educação e da Juventude é um programa da ONG Ação Educativa patrocinado pela Petrobras e trabalha para ampliar o controle social das políticas públicas, fortalecendo a capacidade de influência dos cidadãos e criando condições para que possam agir e interferir coletivamente na efetivação de direitos. O foco central do Observatório é contribuir para fomentar e conferir rigor ao debate das políticas educacionais e de juventude, produzindo e estimulando a circulação de opiniões, análises, estudos e pesquisas sob perspectivas diferenciadas daquelas que vêm se tornando hegemônicas em ambos os campos.

Para acessar a pesquisa e seus resultados, clique aqui.

Mais dados sobre a pesquisa poderão ser encontrados na página do Observatório: www.controlesocial.org.br

Contato para a imprensa: Luciana Pandolfi, observatorio@acaoeducativa.org, (11) 3151-2333 r. 132 

O Observatório da Educação e da Juventude, programa da ONG Ação Educativa patrocinado pela Petrobras, encomendou uma pesquisa para o Ibope sobre Controle Social, com o objetivo de conhecer a participação dos cidadãos brasileiros nas instâncias e mecanismos de elaboração, monitoramento e avaliação de políticas públicas, particularmente na área educacional.A pesquisa, surpreendentemente, mostra que os jovens são os mais interessados em participar dos mecanismos e instâncias capazes de influenciar as políticas (conselhos de Educação, orçamento participativo, audiências públicas e outros): do total de entrevistados, 54% do segmento mais jovem (entre 16 a 24 anos) querem participar, taxa que cai progressivamente com o aumento da idade. Por outro lado, a pesquisa apresentou aos entrevistados o artigo 1o da Constituição de 1988, o qual afirma que "Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente", e questionou se os mesmos sentiam que exerciam tal poder. O resultado demonstra que 30% das pessoas sentem que não exercem poder e que quanto mais jovem, mais isso se acentua, chegando a 35% na faixa de 16 a 24 anos. Vale ressaltar que 44% acreditam que exercem poder e 26% não souberam opinar, sendo que quanto menor o grau de instrução, maior o índice de abstenção.Outro dado interessante é que 84% dos entrevistados vêem a educação como um direito de todos os cidadãos, ao invés de como um serviço prestado à população (3%) ou como uma boa ação, prestada por quem tem boa vontade (11%). Apesar desse resultado promissor, o qual indica que a noção de educação como direito é apropriada pela população, chama a atenção o dado acima mencionado de que um quarto da população sequer soube opinar a respeito de seu exercício de poder. Dos 44% que sentem que exercem poder, a maioria acha que o faz elegendo representantes, apenas 26% pela sua participação direta e 6% por ambas formas. Assim, a pesquisa constata que ainda que a educação seja reconhecida como um direito, há ainda um longo caminho a trilhar até que o país alcance o exercício de uma cidadania mais ativa. O Observatório da Educação e da Juventude vai apresentar os resultados da pesquisa para organizações sociais e diversas instâncias do poder público, pois trabalha para uma participação mais ativa do cidadão na vida política do país.Sobre o Observatório: O Observatório da Educação e da Juventude é um programa da ONG Ação Educativa patrocinado pela Petrobras e trabalha para ampliar o controle social das políticas públicas, fortalecendo a capacidade de influência dos cidadãos e criando condições para que possam agir e interferir coletivamente na efetivação de direitos. O foco central do Observatório é contribuir para fomentar e conferir rigor ao debate das políticas educacionais e de juventude, produzindo e estimulando a circulação de opiniões, análises, estudos e pesquisas sob perspectivas diferenciadas daquelas que vêm se tornando hegemônicas em ambos os campos.Para acessar a pesquisa e seus resultados, clique aqui.Mais dados sobre a pesquisa poderão ser encontrados na página do Observatório: www.controlesocial.org.brContato para a imprensa: Luciana Pandolfi, observatorio@acaoeducativa.org, (11) 3151-2333 r. 132