14/05/2003 Undime
Os piores reflexos da discriminação a que negros e mulheres são submetidos no mercado de trabalho são a maior taxa de desemprego e os salários menores desses grupos em comparação com brancos e homens. Pesquisa da OIT - Organização Internacional do Trabalho, divulgada ontem mostra que um negro recebe, em média, 50% do salário de um branco no Brasil. Em 1992, a taxa equivalia a 51%. Ou seja, na última década a diferença entre a remuneração de brancos e negros manteve-se praticamente estável.
O dado esconde uma discriminação maior quando se leva em conta o aumento no grau de escolaridade dos negros. Em 92, 78% dos negros economicamente ativos e maiores de 16 anos tinham sete anos ou menos de estudo. Em 2001, eram 64%. Isso quer dizer que, a uma maior escolaridade não tem havido correspondência de melhores condições de vida ou melhores salários. O motivo seria a discriminação sofrida pelos negros.
Escolaridade
No corte por ano de escolaridade, os negros maiores de 16 anos que mais perderam na última década foram aqueles que tinham de 11 a 14 anos de estudo. Nessa faixa, o salário de um negro correspondia a 71% do de um branco em 92. Em 2001, valia 68%. A taxa de desemprego também prejudicou de forma mais incisiva os trabalhadores negros. A pesquisa verificou que o número de desempregados cresceu em todos os cortes feitos - homens, mulheres, negros e brancos.
Enquanto o desemprego entre brancos economicamente ativos maiores de 16 anos cresceu de 5,7% para 8,1% de 92 para 2001, o salto entre negros com as mesmas características foi de 6,9% para 10,6%. Por outro lado, as mulheres negras são as que mais estão excluídas do mercado de trabalho. Em 2001, 13,8% delas estavam desempregadas, contra 8,6% em 92. Na pesquisa, o salário recebido pelos homens brancos é utilizado como padrão por ser maior que todos os outros.
Os piores reflexos da discriminação a que negros e mulheres são submetidos no mercado de trabalho são a maior taxa de desemprego e os salários menores desses grupos em comparação com brancos e homens. Pesquisa da OIT - Organização Internacional do Trabalho, divulgada ontem mostra que um negro recebe, em média, 50% do salário de um branco no Brasil. Em 1992, a taxa equivalia a 51%. Ou seja, na última década a diferença entre a remuneração de brancos e negros manteve-se praticamente estável. O dado esconde uma discriminação maior quando se leva em conta o aumento no grau de escolaridade dos negros. Em 92, 78% dos negros economicamente ativos e maiores de 16 anos tinham sete anos ou menos de estudo. Em 2001, eram 64%. Isso quer dizer que, a uma maior escolaridade não tem havido correspondência de melhores condições de vida ou melhores salários. O motivo seria a discriminação sofrida pelos negros. Escolaridade No corte por ano de escolaridade, os negros maiores de 16 anos que mais perderam na última década foram aqueles que tinham de 11 a 14 anos de estudo. Nessa faixa, o salário de um negro correspondia a 71% do de um branco em 92. Em 2001, valia 68%. A taxa de desemprego também prejudicou de forma mais incisiva os trabalhadores negros. A pesquisa verificou que o número de desempregados cresceu em todos os cortes feitos - homens, mulheres, negros e brancos. Enquanto o desemprego entre brancos economicamente ativos maiores de 16 anos cresceu de 5,7% para 8,1% de 92 para 2001, o salto entre negros com as mesmas características foi de 6,9% para 10,6%. Por outro lado, as mulheres negras são as que mais estão excluídas do mercado de trabalho. Em 2001, 13,8% delas estavam desempregadas, contra 8,6% em 92. Na pesquisa, o salário recebido pelos homens brancos é utilizado como padrão por ser maior que todos os outros.