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15/09/2003 Undime

Marituba/ PA na luta contra o analfabetismo

A partir de segunda-feira, 305 pessoas analfabetas e semi-analfabetas, a maioria da terceira idade, começarão o período letivo no município de Marituba. O sonho de aprender a ler e a escrever só foi possível graças a convênio firmado entre a Fundação Banco do Brasil e a Prefeitura de Marituba, denominado "BBeducar", assinado na quarta-feira, 27, na Câmara de Marituba, pelo prefeito Antônio Armando e o superintendente regional do Banco do Brasil, Renato Barbosa.

Estiveram presentes à solenidade o vice-prefeito Naldo Bastos, o presidente da Câmara, Edílson Paes e o vereador Nílson Serrão, líder do governo na Casa, e a coordenadora do programa, Maria de Belém Rodrigues Dias, entre outros.

No acordo, foi definido que a Prefeitura se responsabilizará pelas despesas com os dez professores, espaço físico e lanche dos alunos. Já a Fundação entrará com o material didático. As aulas começarão na próxima semana e se estenderão por seis meses e serão ministradas três vezes por semana, em dez escolas municipais, das 19 às 21 horas. Por se localizar numa área de risco, a escola Santa Lúcia terá aulas das 15 às 17 horas. Após os seis meses, os alunos saberão ler e escrever.

Oportunidade - Entusiasmada, a dona-de-casa Maria Martins Ferreira, 48 anos, residente no Uriboca, estudou até a primeira série. "Vou aproveitar a oportunidade e estudar de novo. O estudo faz muita falta. Sem estudo, não sou ninguém", resumiu dona Maria. O zelador Pedro Ataíde Lima, 60 anos, residente no bairro Novo Horizonte, não sabe escrever e nem ler. Sua maior dificuldade é para apanhar o ônibus, pois tenta reconhecer o coletivo pela cor ou pelo número. Na maioria das vezes, pega errado. "Eu tenho vontade de aprender a ler para não ficar mais perguntando para os outros. Muita gente não gosta de dar informações", lamentou.

O prefeito Antônio Armando espera acabar com o sofrimento de centenas de maritubenses no dia-a-dia, sem precisar passar pelo constrangimento de utilizar o polegar para assinar um documento ou pegar ônibus errado por não saber ler ou escrever. "Dentro de seis meses, essas pessoas estarão capacitadas a usufruir da leitura e da escrita", garantiu o prefeito.

O superintendente regional do Banco do Brasil disse que essa parceria com o município de Marituba contribuirá para mudar a cara do País. "Além da perceria, estaremos contribuindo na alfabetização de centenas de pessoas. O programa atende a 123 mil no Brasil e a 3 mil no Pará. Estamos garantindo a cidadania e a dignidade dessas pessoas", declarou Renato Barbosa.


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