16/05/2003 Undime
Não são poucos os relatos de ansiedade dos pais por se depararem, amiúde, com as dificuldades de aquisição e desenvolvimento da linguagem verbal, oral e escrita, de seus filhos. A leitura e a escrita são duas habilidades complexas e imprescindíveis para aquisição para as demais habilidades escolares, como a de calcular, e de contemplar os saberes acumulados historicamente na civilização do conhecimento.
Os pais, nos seus relatos, apontam educandos que, aos oito ou 9 anos de idade, apresentam leitura e escrita ou ortografia defeituosas. A troca de letras na escrita ou a troca de fonemas na fala ou leitura são os principais índices das dificuldades lectoescritoras.
A falta de planejamento no ato de escrever ou a falta de uma compreensão leitora, após a leitura de texto, são indicadores do grau de complexidade da lectoescrita no meio escolar.
Nessa faixa etária, particularmente no primeiro ciclo da educação formal e sistemática, no ensino fundamental, as preocupações dos pais se voltam para os primeiros indícios de deficiências lingüísticas. Os transtornos de leitura, as diversas dislexias (fonológica e ortografia) e de escrita (disgrafias e disortografia) são as principais queixas dos pais.
A tese de que a escola é uma fábrica de maus leitores não deve ser descartada nesse momento. Não se trata de encontrar culpados, mas de buscar as raízes do fracasso escolar. A escola, apesar de ser uma instituição antiga, ainda está engatinhando no ensino científico das línguas materna e estrangeira.
A dispedagogia, ausência de método eficaz no ensino escolar, por incúria do sistema político ou por incompetência da gestão pedagógica, é apontada hoje como a mais importante causa do fracasso do ensino da lectoescrita e, a insistência no equívoco, acaba por gerar, ao longo de mais de uma década de formação escolar, uma aprendizagem deficiente, patológica, causando uma série de distúrbios de letras.
Vicente Martins é professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), de Sobral, Estado do Ceará, Brasil .
Não são poucos os relatos de ansiedade dos pais por se depararem, amiúde, com as dificuldades de aquisição e desenvolvimento da linguagem verbal, oral e escrita, de seus filhos. A leitura e a escrita são duas habilidades complexas e imprescindíveis para aquisição para as demais habilidades escolares, como a de calcular, e de contemplar os saberes acumulados historicamente na civilização do conhecimento. Os pais, nos seus relatos, apontam educandos que, aos oito ou 9 anos de idade, apresentam leitura e escrita ou ortografia defeituosas. A troca de letras na escrita ou a troca de fonemas na fala ou leitura são os principais índices das dificuldades lectoescritoras. A falta de planejamento no ato de escrever ou a falta de uma compreensão leitora, após a leitura de texto, são indicadores do grau de complexidade da lectoescrita no meio escolar. Nessa faixa etária, particularmente no primeiro ciclo da educação formal e sistemática, no ensino fundamental, as preocupações dos pais se voltam para os primeiros indícios de deficiências lingüísticas. Os transtornos de leitura, as diversas dislexias (fonológica e ortografia) e de escrita (disgrafias e disortografia) são as principais queixas dos pais. A tese de que a escola é uma fábrica de maus leitores não deve ser descartada nesse momento. Não se trata de encontrar culpados, mas de buscar as raízes do fracasso escolar. A escola, apesar de ser uma instituição antiga, ainda está engatinhando no ensino científico das línguas materna e estrangeira. A dispedagogia, ausência de método eficaz no ensino escolar, por incúria do sistema político ou por incompetência da gestão pedagógica, é apontada hoje como a mais importante causa do fracasso do ensino da lectoescrita e, a insistência no equívoco, acaba por gerar, ao longo de mais de uma década de formação escolar, uma aprendizagem deficiente, patológica, causando uma série de distúrbios de letras. Vicente Martins é professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), de Sobral, Estado do Ceará, Brasil .