14/02/2005 Undime
A construção de um plano de educação escolar indígena para o município de São Gabriel da Cachoeira, região do Alto Rio Negro, no Amazonas, reúne de 17 a 19 deste mês, em São Gabriel, representantes do Ministério da Educação, da Secretaria Estadual do Amazonas, da Secretaria Municipal, três organizações indígenas, uma ONG e as universidades federal e estadual do Estado.
Nos três dias de trabalho, informa o coordenador da Educação Escolar Indígena, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/ MEC), Kleber Gesteira, as três esferas de governo e as organizações indígenas do município vão trabalhar na construção do plano 2005/2006. Esse plano deverá propor a criação do conselho municipal indígena com caráter consultivo, de assessoramento e deliberativo sobre as políticas, programas e ações referentes à educação; o fortalecimento do Conselho Municipal de Educação, com participação majoritária indígena e do Conselho de Alimentação Escolar.
Além de garantir espaço de participação efetiva dos 22 povos que habitam o município, o plano deverá propor a construção de proposta de licenciatura intercultural específica para a formação de professores; criar um programa estadual de produção de livros e materiais audiovisuais, de autoria indígena, para uso em sala de aula e um programa de reforma, ampliação e construção de escolas indígenas.
Dia 17, na Secretaria Municipal de Educação de São Gabriel da Cachoeira, o diretor do Departamento de Educação para a Diversidade e Cidadania, da Secad, Armênio Schmidt, coordena uma reunião com representantes das secretarias do município e do estado. Eles vão analisar a situação da educação indígena no município e indicar as prioridades governamentais para o plano de trabalho.
Dia 18, na sede da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) os representantes dos governos federal, estadual e municipal reúnem-se com as organizações indígenas de São Gabriel da Cachoeira: Associação dos Professores Indígenas do Alto Rio Negro (Apiarn), Coordenação dos Professores Indígenas do Alto Rio Negro (Copiarn) e o Instituto Socioambiental, ONG que trabalha na região. Essa reunião vai buscar um consenso sobre as linhas do plano de trabalho.
Dia 19, na maloca da Foirn, uma assembléia de professores indígenas, lideranças, pais, alunos, governos, Ministério Público do Amazonas, Fundação Estadual de Política Indigenista do Amazonas (Fepi) e as universidades federal e estadual vão apresentar o produto das discussões e fechar, em público, uma proposta de plano para 2005/2006.
Com cerca de 30 mil indígenas pertencentes a 22 povos, São Gabriel da Cachoeira será pioneiro na construção do plano de educação escolar indígena no País. De acordo com Kleber Gesteira, a partir dessa mobilização e experiência será possível trabalhar planos para as escolas indígenas de outros municípios do Amazonas e para todas as regiões do País. Os 22 povos que habitam o município de São Gabriel da Cachoeira pertencem às famílias lingüísticas Tucano, Aruak, Yanomami e Maku; falam 20 línguas e a maioria domina também o português e espanhol, uma vez que o município está na divisa com a Colômbia.
Além de suas línguas maternas, os povos de São Gabriel da Cachoeira falam o nhengatu, língua geral, do ramo Tupi, criada pelos jesuítas para a comunicação entre os povos indígenas de norte a sul do Brasil.
Com 8% das escolas indígenas do País, o município tem 350 professores e 179 escolas indígenas onde estudam 7.028 alunos na educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos; a rede estadual tem oito escolas indígenas com 2.987 alunos, dos quais 367 estão no ensino médio. Na rede estadual trabalham 268 professores indígenas.
A construção de um plano de educação escolar indígena para o município de São Gabriel da Cachoeira, região do Alto Rio Negro, no Amazonas, reúne de 17 a 19 deste mês, em São Gabriel, representantes do Ministério da Educação, da Secretaria Estadual do Amazonas, da Secretaria Municipal, três organizações indígenas, uma ONG e as universidades federal e estadual do Estado. Nos três dias de trabalho, informa o coordenador da Educação Escolar Indígena, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/ MEC), Kleber Gesteira, as três esferas de governo e as organizações indígenas do município vão trabalhar na construção do plano 2005/2006. Esse plano deverá propor a criação do conselho municipal indígena com caráter consultivo, de assessoramento e deliberativo sobre as políticas, programas e ações referentes à educação; o fortalecimento do Conselho Municipal de Educação, com participação majoritária indígena e do Conselho de Alimentação Escolar. Além de garantir espaço de participação efetiva dos 22 povos que habitam o município, o plano deverá propor a construção de proposta de licenciatura intercultural específica para a formação de professores; criar um programa estadual de produção de livros e materiais audiovisuais, de autoria indígena, para uso em sala de aula e um programa de reforma, ampliação e construção de escolas indígenas. Dia 17, na Secretaria Municipal de Educação de São Gabriel da Cachoeira, o diretor do Departamento de Educação para a Diversidade e Cidadania, da Secad, Armênio Schmidt, coordena uma reunião com representantes das secretarias do município e do estado. Eles vão analisar a situação da educação indígena no município e indicar as prioridades governamentais para o plano de trabalho. Dia 18, na sede da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) os representantes dos governos federal, estadual e municipal reúnem-se com as organizações indígenas de São Gabriel da Cachoeira: Associação dos Professores Indígenas do Alto Rio Negro (Apiarn), Coordenação dos Professores Indígenas do Alto Rio Negro (Copiarn) e o Instituto Socioambiental, ONG que trabalha na região. Essa reunião vai buscar um consenso sobre as linhas do plano de trabalho. Dia 19, na maloca da Foirn, uma assembléia de professores indígenas, lideranças, pais, alunos, governos, Ministério Público do Amazonas, Fundação Estadual de Política Indigenista do Amazonas (Fepi) e as universidades federal e estadual vão apresentar o produto das discussões e fechar, em público, uma proposta de plano para 2005/2006. Com cerca de 30 mil indígenas pertencentes a 22 povos, São Gabriel da Cachoeira será pioneiro na construção do plano de educação escolar indígena no País. De acordo com Kleber Gesteira, a partir dessa mobilização e experiência será possível trabalhar planos para as escolas indígenas de outros municípios do Amazonas e para todas as regiões do País. Os 22 povos que habitam o município de São Gabriel da Cachoeira pertencem às famílias lingüísticas Tucano, Aruak, Yanomami e Maku; falam 20 línguas e a maioria domina também o português e espanhol, uma vez que o município está na divisa com a Colômbia. Além de suas línguas maternas, os povos de São Gabriel da Cachoeira falam o nhengatu, língua geral, do ramo Tupi, criada pelos jesuítas para a comunicação entre os povos indígenas de norte a sul do Brasil. Com 8% das escolas indígenas do País, o município tem 350 professores e 179 escolas indígenas onde estudam 7.028 alunos na educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos; a rede estadual tem oito escolas indígenas com 2.987 alunos, dos quais 367 estão no ensino médio. Na rede estadual trabalham 268 professores indígenas.