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11/02/2014 Undime

Educação: prioridade só no papel

Decisão do MEC de adiar a Conferência Nacional de Educação é criticada por representantes de diversas entidades ligadas ao setor. Para eles, o Plano Nacional de Educação será o principal prejudicado

[caption id="attachment_13788" align="aligncenter" width="300"]Priscila Bonini Priscila Bonini[/caption]

Prevista para ser realizada de 17 a 21 de fevereiro, em Brasília, a 2ª Conferência Nacional de Educa­ção (Conae) foi cancelada pelo Ministério de Educação (MEC), que remarcou uma nova data: 19 a 23 de novembro.

A Conae é um espaço de debate democrático, promovido pelo poder público para que toda a sociedade, em diversos níveis, possa participar das discussões sobre a educação brasileira. Por isso é o considerado o maior encontro de representantes municipais e estaduais de educação.

A próxima edição do encontro tem previsão de reunir mais de 4 mil pessoas, que centrarão as discussões em torno do Plano Nacional de Educação (PNE) e sua articulação do sistema nacional de educação, com foco na participação popular, cooperação federativa e regime de colaboração.

A preparação da conferência mobilizou, em 2013, todos os setores da área educacional, representantes de entidades, especialistas em educação e as mais diversas representações da sociedade.

Para a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), região Sudeste, Priscila Bonini, a transferência de data implica em postergar uma discussão importantíssima para a educação brasileira.

Segundo Priscila, adiar a etapa nacional do encontro é desprezar um árduo trabalho, que envolveu tempo, recursos financeiros e empenho das pessoas e organizações diretamente envolvidas no processo.

A presidente da Undime justifica: ?A conferência solicitaria urgência na tramitação do PNE ao Congresso Nacional e ao governo federal, bem como a aprovação da versão da Câmara em detrimento da que foi aprovada recentemente pelo Senado?.

Iêda Leal, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Edu­cação (CNTE) e presidente do Sin­dicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), também tece críticas ao adiamento. "Esse evento seria a oportunidade de traçarmos caminhos para um ensino público de qualidade e para reforçar a luta pela valorização da educação brasileira".

Esforço ignorado

Para justificar sua decisão, o MEC alegou os altos custos do evento e a falta de tempo hábil para uma nova licitação. Em nota, o FNE (Fórum Nacional de Educação), órgão responsável pela condução política da Conae, reconhece que o adiamento será muito prejudicial ?dada à tramitação do PNE no Congresso e toda a preparação vivenciada em 2013, apresentando várias propostas que foram incorporadas no texto referência, frutos dos debates nas conferências municipais, intermunicipais, estaduais e distrital?.

Autor: Tribuna do Planalto

http://tribunadoplanalto.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18067:educacao-prioridade-so-no-papel&catid=95:se-liga&Itemid=181

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