23/09/2003 Undime
“A vontade que representa o futuro está composta daquilo que em um curto prazo as pessoas desejam; e não aquilo que a longo prazo, elas precisam. Anos ou séculos depois, descobrimos que as opções foram equivocadas. O Brasil fez sua opção. Podemos situá-la nos anos 1950, quando o País pensou que ser economicamente rico e urbano resolveria os demais problemas, e nós erramos” A reflexão foi do ministro da Educação, Cristovam Buarque, durante a abertura do Seminário Internacional sobre Educação, Ciência e Tecnologia como Estratégias de Desenvolvimento, hoje, 22, às 9h30, em um hotel em Brasília.
A intenção do seminário é conhecer e discutir experiências de países que trilharam seu caminho, tendo como base a educação. Irlanda, Espanha, Finlândia, Coréia do Sul, Inglaterra e Malásia foram os países convidados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), responsável pela realização do evento, feito em parceria com o MEC e o Ministério da Ciência e Tecnologia.
“A realidade mostrou que a riqueza econômica não reduziu a pobreza. Mostrou que o aumento da produção material não construiu a riqueza cultural. Nós erramos, e está na hora de consertar esse erro e redefinir o futuro que nós desejamos para o nosso País”, prosseguiu o ministro, em seu discurso. Ele disse que, para surpresa de todos, o século 21 não será o da indústria, mas do conhecimento, que o Brasil estará preparado para enfrentá-lo.
O ministro de Comunicação do Governo, Luiz Gushiken, moderador do primeiro debate, acredita que para conscientizar a sociedade sobre a importância da educação e mudar a realidade social, será necessário fincar a bandeira do conhecimento, que deve ter como princípio o elemento espiritual. Depois de fazer uma explanação histórica sobre o processo educacional coreano, o especialista Yun-Kyung Cha, da Universidade de Hanyang, na Coréia do Sul, defendeu, também, a importância humanitária no processo educacional.
Yun Cha disse que espera que o Brasil, para avançar social e economicamente por meio da educação, não repita os mesmos erros da Coréia do Sul. “A fórmula mais ineficiente para que as pessoas freqüentem a escola é o estímulo da riqueza material”, frisou. Ele assegurou que seu país errou ao utilizar essa filosofia, transformando-se em uma sociedade de seres humanos egoístas e competitivos, mesmo mostrando gráficos e tabelas que apontam avanços na educação, que ele considera deslumbrantes, como o aumento de 26.4% para 94% de matrículas no ensino médio, nas últimas décadas.
Cristovam lembrou que, apesar de serem exemplos no mundo inteiro, com exceção da Finlândia, esses países há 30 anos viviam em uma situação educacional pior que a brasileira. Ele afirmou que o quadro brasileiro vem melhorando, mas o grande salto só virá daqui a vinte ou trinta anos. “Mas, nós queremos aprender com todos eles, criar uma base de cooperação e saber qual foi o milagre encontrado de cada um”, disse.
O senador Aloízio Mercadante; o representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein; o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Adeum Sauer; a diretora do Canal Futura, Lúcia Araújo; o representante do MCT, Paulo Bracarense e o diretor executivo do Grupo Santillana, Andrés Cardos, também estiveram na abertura do evento. A primeira sessão teve como debatedor Geraldo Nunes, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
“A vontade que representa o futuro está composta daquilo que em um curto prazo as pessoas desejam; e não aquilo que a longo prazo, elas precisam. Anos ou séculos depois, descobrimos que as opções foram equivocadas. O Brasil fez sua opção. Podemos situá-la nos anos 1950, quando o País pensou que ser economicamente rico e urbano resolveria os demais problemas, e nós erramos” A reflexão foi do ministro da Educação, Cristovam Buarque, durante a abertura do Seminário Internacional sobre Educação, Ciência e Tecnologia como Estratégias de Desenvolvimento, hoje, 22, às 9h30, em um hotel em Brasília.A intenção do seminário é conhecer e discutir experiências de países que trilharam seu caminho, tendo como base a educação. Irlanda, Espanha, Finlândia, Coréia do Sul, Inglaterra e Malásia foram os países convidados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), responsável pela realização do evento, feito em parceria com o MEC e o Ministério da Ciência e Tecnologia.“A realidade mostrou que a riqueza econômica não reduziu a pobreza. Mostrou que o aumento da produção material não construiu a riqueza cultural. Nós erramos, e está na hora de consertar esse erro e redefinir o futuro que nós desejamos para o nosso País”, prosseguiu o ministro, em seu discurso. Ele disse que, para surpresa de todos, o século 21 não será o da indústria, mas do conhecimento, que o Brasil estará preparado para enfrentá-lo.O ministro de Comunicação do Governo, Luiz Gushiken, moderador do primeiro debate, acredita que para conscientizar a sociedade sobre a importância da educação e mudar a realidade social, será necessário fincar a bandeira do conhecimento, que deve ter como princípio o elemento espiritual. Depois de fazer uma explanação histórica sobre o processo educacional coreano, o especialista Yun-Kyung Cha, da Universidade de Hanyang, na Coréia do Sul, defendeu, também, a importância humanitária no processo educacional.Yun Cha disse que espera que o Brasil, para avançar social e economicamente por meio da educação, não repita os mesmos erros da Coréia do Sul. “A fórmula mais ineficiente para que as pessoas freqüentem a escola é o estímulo da riqueza material”, frisou. Ele assegurou que seu país errou ao utilizar essa filosofia, transformando-se em uma sociedade de seres humanos egoístas e competitivos, mesmo mostrando gráficos e tabelas que apontam avanços na educação, que ele considera deslumbrantes, como o aumento de 26.4% para 94% de matrículas no ensino médio, nas últimas décadas. Cristovam lembrou que, apesar de serem exemplos no mundo inteiro, com exceção da Finlândia, esses países há 30 anos viviam em uma situação educacional pior que a brasileira. Ele afirmou que o quadro brasileiro vem melhorando, mas o grande salto só virá daqui a vinte ou trinta anos. “Mas, nós queremos aprender com todos eles, criar uma base de cooperação e saber qual foi o milagre encontrado de cada um”, disse.O senador Aloízio Mercadante; o representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein; o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Adeum Sauer; a diretora do Canal Futura, Lúcia Araújo; o representante do MCT, Paulo Bracarense e o diretor executivo do Grupo Santillana, Andrés Cardos, também estiveram na abertura do evento. A primeira sessão teve como debatedor Geraldo Nunes, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).