01/03/2003 Undime
A burrice é uma doença genética que deveria ser curada. Quem afirma é James Watson, um dos dois cientistas que descobriram a estrutura do DNA há 50 anos - uma conquista que lhe valeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1962. A declaração foi dada pelo cientista num documentário da TV britânica Channel 4, que será transmitido hoje para comemorar o 50.º aniversário da chamada "descoberta do século", e foi divulgado ontem no Reino Unido.
De acordo com Watson, as pessoas burras ou com coeficiente intelectual baixo que não têm nenhum transtorno mental sofrem de uma desordem transmitida de forma hereditária pelos genes - como ocorre com doenças como a fibrose cística ou a hemofilia.
Watson considera um erro associar a lentidão na aprendizagem a uma situação de pobreza ou a problemas familiares - "como diria muita gente" -, já que é mais provável que exista uma causa genética que pode e deve ser corrigida.
Na opinião do pesquisador, que aos 75 anos é um aberto defensor do uso da engenharia genética para melhorar a raça humana, os cientistas têm de desenvolver tratamentos genéticos e fazer exames pré-natais para prevenir o nascimento de crianças burras.
"É injusto que as pessoas não tenham as mesmas oportunidades (de ser inteligentes). Uma vez que se disponha de um método para melhorar nossas crianças, ninguém pode evitar sua aplicação. Seria burro não usá-lo", defendeu.
Engenharia aplicada aos genes da beleza
Segundo Watson, assim como no caso da inteligência, a engenharia genética também deve ser aplicada aos genes da beleza. "As pessoas dizem que seria terrível a possibilidade de conseguir que todas as meninas fossem bonitas. Eu acho que seria fantástico", opinou.
Os comentários de Watson foram criticados por alguns colegas. Tom Shakespeare, especialista em Bioética da Universidade de Newcastle, no nordeste da Inglaterra, afirmou que James Watson "está falando em alterar algo que a maioria das pessoas vê como normal na variedade humana e isso é errado. Na opinião de John Sulston, responsável pela parte britânica do Projeto Genoma, o professor entrou "numa área extremamente perigosa".
A burrice é uma doença genética que deveria ser curada. Quem afirma é James Watson, um dos dois cientistas que descobriram a estrutura do DNA há 50 anos - uma conquista que lhe valeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1962. A declaração foi dada pelo cientista num documentário da TV britânica Channel 4, que será transmitido hoje para comemorar o 50.º aniversário da chamada "descoberta do século", e foi divulgado ontem no Reino Unido. De acordo com Watson, as pessoas burras ou com coeficiente intelectual baixo que não têm nenhum transtorno mental sofrem de uma desordem transmitida de forma hereditária pelos genes - como ocorre com doenças como a fibrose cística ou a hemofilia. "Se alguém é realmente burro, chamaria isso de doença", diz o renomado professor, que foi um dos impulsores do Projeto Genoma Humano, a iniciativa internacional para decifrar o chamado "mapa da vida". Watson considera um erro associar a lentidão na aprendizagem a uma situação de pobreza ou a problemas familiares - "como diria muita gente" -, já que é mais provável que exista uma causa genética que pode e deve ser corrigida. Na opinião do pesquisador, que aos 75 anos é um aberto defensor do uso da engenharia genética para melhorar a raça humana, os cientistas têm de desenvolver tratamentos genéticos e fazer exames pré-natais para prevenir o nascimento de crianças burras. "É injusto que as pessoas não tenham as mesmas oportunidades (de ser inteligentes). Uma vez que se disponha de um método para melhorar nossas crianças, ninguém pode evitar sua aplicação. Seria burro não usá-lo", defendeu. Engenharia aplicada aos genes da beleza Segundo Watson, assim como no caso da inteligência, a engenharia genética também deve ser aplicada aos genes da beleza. "As pessoas dizem que seria terrível a possibilidade de conseguir que todas as meninas fossem bonitas. Eu acho que seria fantástico", opinou. Os comentários de Watson foram criticados por alguns colegas. Tom Shakespeare, especialista em Bioética da Universidade de Newcastle, no nordeste da Inglaterra, afirmou que James Watson "está falando em alterar algo que a maioria das pessoas vê como normal na variedade humana e isso é errado. Na opinião de John Sulston, responsável pela parte britânica do Projeto Genoma, o professor entrou "numa área extremamente perigosa".