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30/05/2008 Undime

Aprender Brincando

Em Campos Sales, as brinquedotecas são instrumentos de educação infantil. A mais antiga delas, a que leva o título de Viva Criança, é referência nacional. E, em Itapajé, as escolas investem na inclusão com a Língua Brasileira de Sinais.

As brincadeiras antigas voltaram às praças e ruas de Campos Sales, assim como o reisado esquecido há tantos anos. Seu Antônio e seus 11 filhos, que moram no bairro do Poço, tiraram do baú as roupas coloridas cheias de fitas e espelhos para representar a dança tradicional trazida para o Nordeste pelos ascendentes com origem africana. Adultos e crianças ansiosas aguardam a chegada da carruagem puxada por burros, levando a brinquedoteca itinerante. Na pequena cidade da Região do Cariri, os brinquedos, jogos, as cantorias, dramatizações e rodas de histórias são formas de educar crianças, jovens e adultos.

Tudo começou há sete anos quando o Conselho de Pais de Campos Sales, uma Organização Não Governamental, decidiu implantar a Brinquedoteca Viva Criança com o apoio do Fundo Cristão para Crianças (CCF). "Era um projeto experimental. Tínhamos apenas o espaço físico, mas foi crescendo e, atualmente, engloba várias outras ações que atendem a populações dos mais diferentes bairros da cidade", explica a coordenadora do Conselho de Pais, Lúcia Andrade. Brinquedos e jogos ficam disponíveis para as crianças dos diversos bairros. E 35 jovens já participam da orquestra de câmara, um dos projetos surgidos a partir da Brinquedoteca Viva Criança. "Além disso, temos a orquestra sanfônica atendendo a 40 crianças com 10 sanfonas", diz Lúcia.

As ações ligadas à Brinquedoteca Viva Criança surgiram depois que o projeto foi premiado pela Fundação Abrinq, há dois anos. Foi possível criar uma brinquedoteca itinerante e as oficinas de artes e esporte com atividades de violino, teclado, violão, percussão, futebol de salão e capoeira. "Ganhamos o apoio das secretarias estaduais do Trabalho e da Cultura, além do Banco do Nordeste", cita.

A Mala da Fantasia, levada na carruagem puxada por burros, faz o maior sucesso nos bairros de Campos Sales. É uma das atividades itinerantes que leva a brinquedoteca para as ruas, praças, Escolas, espaços sociais e comunitários. São contadores de estórias, sanfoneiros, cordelistas e brinquedistas que armam o palco onde chegam e a platéia se diverte a valer.

No município, funcionam ainda brinquedotecas destinadas a crianças portadoras de deficiência, no Instituto Pestallozi, no Hospital Municipal e próxima à Casa da Família onde as mães vão todos os meses receber o recurso do Programa Bolsa Família. "Enquanto as mães esperam na fila, as crianças se divertem na brinquedoteca", diz a secretária da Ação Social, Simone Lóssio.

Inclusão
No município de Itapajé, a 122 quilômetros de Fortaleza, a preocupação é com a garantia da inclusão de crianças portadoras de deficiência auditiva nas classes de ensino regular. Para isso, desde o ano passado, foram levados intérpretes para as salas de aula da Escola de ensino fundamental Roque Silva Mota e do Centro Interescolar João Teixeira Saraiva. A finalidade, segundo a secretária da Educação, Gorete Cruz, é levar esse tipo de linguagem (Libras - Língua Brasileira de Sinais) não só para os alunos, mas também para os professores.

A criação do Projeto de Educação Inclusiva em Itapajé, lembra Gorete, faz parte de um cumprimento da lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002, que afirma "como libras de comunicação e expressão como um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos oriundos de comunicação de pessoas surdas do Brasil".

CONTEÚDO EXTRA
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