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09/09/2008 Undime

Analfabetismo na área rural é 50% maior que na cidade

No Brasil, o analfabetismo atinge 9% dos jovens que moram no campo. O índice é quase 400 vezes maior que os 2% registrados nas cidades. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o nível de escolaridade da população urbana com idade entre 15 e 29 anos é 50% superior ao da juventude rural. O fosso educacional entre os dois mundos prejudica diretamente uma legião de 7,6 milhões de jovens que vivem longe das cidades. Para eles, as chances de melhorar de vida por meio do estudo são praticamente nulas. "Enquanto a juventude urbana estudou nove anos, no campo, essa média não passa de seis”, explica o diretor de pesquisas sociais do Ipea e coordenador do estudo sobre o ensino rural no Brasil, Jorge Abrahão. No campo, os alunos do ensino fundamental representam 16,4% do total de matriculados nessa faixa. No caso do ensino médio, o indicador cai para 3%. Nas poucas escolas que existem na área rural, falta infra-estrutura básica como água, energia elétrica, esgoto e sanitário. São 24 mil escolas sem banheiro e 20 mil estabelecimentos sem luz. Os recursos pedagógicos, em quase 100% dos casos, resumem-se aos livros pouco afeitos ao cotidiano do aluno e professores nem sempre bem treinados. Só 2,5% dos colégios têm salas de tevê e vídeo. Menos de 1% das escolas montaram laboratórios de ciências. Salas de informática estão presentes em apenas 1,7% das unidades, mas em nenhum há acesso à internet.

 


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