12/02/2003 Undime
Alunos sentados no chão por falta de carteiras. Turmas dispensadas pela ausência de professores. Crianças sem material didático. Essas foram as situações vividas por cerca de 800 dos 48 mil alunos da rede municipal de ensino em Ribeirão Preto (314 km de SP) ontem e anteontem, os dois primeiros dias de aula do ano letivo.
Conforme o CME (Conselho Municipal de Educação) de Ribeirão, somente nas escolas de 1ª a 4ª série do ensino fundamental são 21 turmas das 21 unidades existentes, que enfrentam a falta de professores.
A Secretaria Municipal da Educação informou que houve atraso na documentação de 161 professores emergenciais, da 1ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, em razão da greve dos servidores de Ribeirão. A rede possui 1.200 professores.
Segundo a secretaria, os professores da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio terão a sua situação resolvida hoje. Já os docentes de 1ª a 4ª série devem ter a situação regularizada até segunda-feira.
Na segunda-feira, eles não deram aula porque estavam resolvendo esses problemas, segundo Zilda Pereira da Silva, diretora do Departamento de Educação.
A situação mais grave ocorre na escola Professor Salvador Marturano, no bairro Jardim Morumbi, onde cerca de 40 alunos da 5ª série tiveram que estudar sentados no chão por falta de móveis.
No período da tarde, a direção da escola colocou mesas do refeitório para que os alunos pudessem estudar. Mesas da biblioteca e emprestadas de outras escolas também foram utilizadas.
Além da falta de móveis, os estudantes da 5ª série ainda não receberam material didático e também estão com aulas vagas por falta de dois professores emergenciais que aguardam a convocação. "Professor é um artista. Tem que aprender a construir em cima das adversidades", afirmou Neide Colpaert Sartori, assistente de direção da escola municipal.
O CME confirmou a justificativa da Secretaria Municipal de Educação para o problema pelo atraso na convocação dos professores emergenciais do município em razão da greve. "A greve dos servidores atrasou essa convocação, mas acreditamos que o problema deverá estar resolvido até segunda-feira", declarou Cristina Paris, presidente do conselho.
A paralisação dos servidores _em campanha de reajuste salarial_ terminou na última sexta-feira, após cinco dias.
Documentos
Para a diretora do sindicato Cristina Chiacchio, a greve provocou um pequeno atrasou na emissão dos documentos dos professores emergenciais, mas esse não foi o principal problema para a falta de docentes. "Isso ocorre em todos os anos letivos", disse a dirigente.
"Eu não vou mandar meus filhos para a escola até resolver essa situação. Você leva eles de carro até lá, meia hora depois eles já estão em casa dizendo que não tiveram aulas por falta de professor", afirmou a comerciante Katy Fonseca Aeissane Vicente.
O promotor da Infância e da Juventude, Marcelo Pedroso Goulart, afirmou que a falta de professores, material didático e de móveis adequados aos alunos fere o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a Constituição.
A rede estadual também enfrenta problemas na atribuição de aulas nas áreas de exatas.
Alunos sentados no chão por falta de carteiras. Turmas dispensadas pela ausência de professores. Crianças sem material didático. Essas foram as situações vividas por cerca de 800 dos 48 mil alunos da rede municipal de ensino em Ribeirão Preto (314 km de SP) ontem e anteontem, os dois primeiros dias de aula do ano letivo. Conforme o CME (Conselho Municipal de Educação) de Ribeirão, somente nas escolas de 1ª a 4ª série do ensino fundamental são 21 turmas das 21 unidades existentes, que enfrentam a falta de professores. A Secretaria Municipal da Educação informou que houve atraso na documentação de 161 professores emergenciais, da 1ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, em razão da greve dos servidores de Ribeirão. A rede possui 1.200 professores. Segundo a secretaria, os professores da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio terão a sua situação resolvida hoje. Já os docentes de 1ª a 4ª série devem ter a situação regularizada até segunda-feira. Na segunda-feira, eles não deram aula porque estavam resolvendo esses problemas, segundo Zilda Pereira da Silva, diretora do Departamento de Educação. A situação mais grave ocorre na escola Professor Salvador Marturano, no bairro Jardim Morumbi, onde cerca de 40 alunos da 5ª série tiveram que estudar sentados no chão por falta de móveis. No período da tarde, a direção da escola colocou mesas do refeitório para que os alunos pudessem estudar. Mesas da biblioteca e emprestadas de outras escolas também foram utilizadas. Além da falta de móveis, os estudantes da 5ª série ainda não receberam material didático e também estão com aulas vagas por falta de dois professores emergenciais que aguardam a convocação. "Professor é um artista. Tem que aprender a construir em cima das adversidades", afirmou Neide Colpaert Sartori, assistente de direção da escola municipal. O CME confirmou a justificativa da Secretaria Municipal de Educação para o problema pelo atraso na convocação dos professores emergenciais do município em razão da greve. "A greve dos servidores atrasou essa convocação, mas acreditamos que o problema deverá estar resolvido até segunda-feira", declarou Cristina Paris, presidente do conselho. A paralisação dos servidores _em campanha de reajuste salarial_ terminou na última sexta-feira, após cinco dias. Documentos Para a diretora do sindicato Cristina Chiacchio, a greve provocou um pequeno atrasou na emissão dos documentos dos professores emergenciais, mas esse não foi o principal problema para a falta de docentes. "Isso ocorre em todos os anos letivos", disse a dirigente. "Eu não vou mandar meus filhos para a escola até resolver essa situação. Você leva eles de carro até lá, meia hora depois eles já estão em casa dizendo que não tiveram aulas por falta de professor", afirmou a comerciante Katy Fonseca Aeissane Vicente. O promotor da Infância e da Juventude, Marcelo Pedroso Goulart, afirmou que a falta de professores, material didático e de móveis adequados aos alunos fere o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a Constituição. A rede estadual também enfrenta problemas na atribuição de aulas nas áreas de exatas.