29/06/2017 Undime
(Foto: Eyedea/ Unesco)
Novo relatório da Unesco mostra que, se todos os adultos tivessem chegado ao ensino médio, a pobreza mundial seria reduzida pela metade
Novo estudo da Unesco, lançado neste mês de junho, relaciona o aumento da escolarização à redução da pobreza. Intitulado “Reduzindo a pobreza global através do ensino primário e secundário universal”, o documento afirma que, se todos os adultos tivessem tido acesso ao ensino médio, a pobreza mundial seria reduzida pela metade.
A responsável pela pesquisa do Relatório de Monitoramento Global de Educação Nihan Koseleci explicou à RFI Brasil de que se trata o novo estudo: “Nosso documento mostra que os países que têm uma renda mais elevada têm também uma população mais instruída, com nível de educação formal mais elevado”.
(Foto: Andrea Chirinos/ Unesco)
O relatório da Unesco mostra também mostra que a educação vai ter um efeito na economia por diversas razões: em primeiro lugar, a educação vai melhorar as competências das pessoas. Em segundo lugar, a educação vai melhorar a resiliência da população às mudanças climáticas e aos desastres. Em terceiro lugar, o estudo mostra que as mulheres com nível mais alto de educação formal vão cuidar melhor de seus filhos e haverá uma diminuição de mortes por doenças contagiosas.
Koseleci explica que o acesso à escolarização é um problema a ser resolvido, mas também há a questão do conteúdo, que precisa ser mais inclusivo, para abraçar a diversidade. A pesquisadora da Unesco aponta também a urgência em se transformar a educação num instrumento de inclusão.
A questão da educação no Brasil
A RFI Brasil ouviu também o doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e coordenador do curso de Economia do Ibmec-MG, Márcio Salvato. O economista, autor de um estudo intitulado “O impacto da escolaridade sobre a distribuição de renda”, relacionou o novo documento da Unesco à realidade brasileira.
Salvato explica que políticas públicas para reduzir a desigualdade por meio da educação são sempre de longo prazo, mas são as únicas que garantem mobilidade social.
O estudo da Unesco será apresentado no Fórum Política de Alto Nível das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (10-19 julho, em Nova York), que incidirá sobre a erradicação da pobreza, no âmbito do programa de desenvolvimento sustentável para 2030.
Fonte: RFI Brasil
(Foto: Eyedea/ Unesco) Novo relatório da Unesco mostra que, se todos os adultos tivessem chegado ao ensino médio, a pobreza mundial seria reduzida pela metade Novo estudo da Unesco, lançado neste mês de junho, relaciona o aumento da escolarização à redução da pobreza. Intitulado “Reduzindo a pobreza global através do ensino primário e secundário universal”, o documento afirma que, se todos os adultos tivessem tido acesso ao ensino médio, a pobreza mundial seria reduzida pela metade.A responsável pela pesquisa do Relatório de Monitoramento Global de Educação Nihan Koseleci explicou à RFI Brasil de que se trata o novo estudo: “Nosso documento mostra que os países que têm uma renda mais elevada têm também uma população mais instruída, com nível de educação formal mais elevado”. (Foto: Andrea Chirinos/ Unesco) O relatório da Unesco mostra também mostra que a educação vai ter um efeito na economia por diversas razões: em primeiro lugar, a educação vai melhorar as competências das pessoas. Em segundo lugar, a educação vai melhorar a resiliência da população às mudanças climáticas e aos desastres. Em terceiro lugar, o estudo mostra que as mulheres com nível mais alto de educação formal vão cuidar melhor de seus filhos e haverá uma diminuição de mortes por doenças contagiosas.Koseleci explica que o acesso à escolarização é um problema a ser resolvido, mas também há a questão do conteúdo, que precisa ser mais inclusivo, para abraçar a diversidade. A pesquisadora da Unesco aponta também a urgência em se transformar a educação num instrumento de inclusão.A questão da educação no BrasilA RFI Brasil ouviu também o doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e coordenador do curso de Economia do Ibmec-MG, Márcio Salvato. O economista, autor de um estudo intitulado “O impacto da escolaridade sobre a distribuição de renda”, relacionou o novo documento da Unesco à realidade brasileira. Salvato explica que políticas públicas para reduzir a desigualdade por meio da educação são sempre de longo prazo, mas são as únicas que garantem mobilidade social.O estudo da Unesco será apresentado no Fórum Política de Alto Nível das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (10-19 julho, em Nova York), que incidirá sobre a erradicação da pobreza, no âmbito do programa de desenvolvimento sustentável para 2030.Fonte: RFI Brasil https://goo.gl/uYVBa4