28/08/2017 Undime
(Foto: MEC)
Professores, gestores e profissionais de educação lotaram, nesta sexta-feira (25), o auditório do Memorial da América Latina, em São Paulo, para discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Durante seis horas, os participantes apresentaram propostas sobre os mais variados temas, como a inclusão na Base do ensino de Educação Financeira, Tecnologia, Inovação, Computação, hábitos de vida saudáveis, além de sugestões de mudança no conteúdo de disciplinas como Matemática, Geografia, História e Educação Física – esta última mais centrada na educação infantil.
Para Cesar Callegari, presidente da comissão do Conselho Nacional de Educação (CNE) encarregada de elaborar o projeto de resolução da BNCC, as audiências públicas têm possibilitado reunir aspectos importantes da educação no Brasil. “Após depurarmos o material que nos foi passado nessas audiências, pretendemos entregar, até o final do ano, um documento referencial que ajude pra valer professores e professoras a proporcionar educação de qualidade que todos têm direito de ter”. Após o projeto ser votado pelo Conselho Pleno do CNE, o documento será encaminhado para homologação pelo ministro da Educação para, somente depois, entrar em vigor com força de lei.
“A BNCC é uma base de direitos. Estamos dizendo com absoluta clareza quais os direitos que uma criança, um jovem e até mesmo um adulto que estudam em escolas públicas e particulares, têm de aprender, onde quer que ele esteja. Todas as crianças brasileiras têm direito de aprender e se desenvolver. Não existem bons ventos para quem não sabe em que porto quer chegar. O porto que queremos chegar é que todas as crianças do Brasil se desenvolvam, aprendam e possam, a partir daí, desenvolver seus estudos e exercer a sua cidadania”, diz Callegari.
Na mesma direção segue o secretário de Educação Básica, Rossieli Soares, que vê, na formação dos professores, a garantia de que a Base e o novo ensino médio sejam bem-sucedidos. “Estamos trabalhando com o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) sobre uma proposta de formação de professores para as duas políticas. A Base é um documento nacional. O currículo é um documento que vai considerar a realidade local. E a política pedagógica só pode ser construída pelo professor e pelos profissionais da educação que estão na escola”, afirma.
A atividade pedagógica também foi o foco da fala da educadora Katia Smole, do Movimento pela Base, uma das entidades da sociedade civil presentes ao encontro. Ela apontou a necessidade de se rever a forma do ensino da Matemática. “Há formas criativas de se ensinar a Matemática na educação infantil e na educação básica, em geral. O aprendizado está sempre ligado à criatividade. Claro que não dá para se controlar a aprendizagem porque ela é um processo muito individual, mas se pode fazer um ensino criativo voltado para a aprendizagem. Hoje se podem fazer pesquisas estatísticas, por exemplo, com dados da realidade, com aplicativos, com jogos, que estimulem os alunos a aprender. Estamos muito centrados ainda em quadro negro e fala, e a criança e o jovem estão pedindo outra coisa”, pontua. Segundo Smole, “as estratégias e metodologias de ensino cabem a cada professor e não será a Base que definirá isso, pois isso pertence à independência de cada professor”. “O Brasil é muito rico em pesquisa de educação. Em várias áreas de conhecimento, existem muitas coisas sendo sugeridas, como uso de aplicativos de celular e recursos tecnológicos. Ainda damos muita importância à educação frontal, em que o professor fala e o aluno tenta absorver”, ressalva.
Essa foi a penúltima das cinco audiências previstas para acontecer em cada região do país. Até então tinham sido realizados encontros em Manaus (AM), Olinda (PE) e Florianópolis (SC). A última audiência ocorrerá no dia 11 de setembro, em Brasília – data que encerra o recebimento de propostas e documentos que serão encaminhados ao CNE para avaliação.
Fonte: MEC
(Foto: MEC) Professores, gestores e profissionais de educação lotaram, nesta sexta-feira (25), o auditório do Memorial da América Latina, em São Paulo, para discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Durante seis horas, os participantes apresentaram propostas sobre os mais variados temas, como a inclusão na Base do ensino de Educação Financeira, Tecnologia, Inovação, Computação, hábitos de vida saudáveis, além de sugestões de mudança no conteúdo de disciplinas como Matemática, Geografia, História e Educação Física – esta última mais centrada na educação infantil. Para Cesar Callegari, presidente da comissão do Conselho Nacional de Educação (CNE) encarregada de elaborar o projeto de resolução da BNCC, as audiências públicas têm possibilitado reunir aspectos importantes da educação no Brasil. “Após depurarmos o material que nos foi passado nessas audiências, pretendemos entregar, até o final do ano, um documento referencial que ajude pra valer professores e professoras a proporcionar educação de qualidade que todos têm direito de ter”. Após o projeto ser votado pelo Conselho Pleno do CNE, o documento será encaminhado para homologação pelo ministro da Educação para, somente depois, entrar em vigor com força de lei. “A BNCC é uma base de direitos. Estamos dizendo com absoluta clareza quais os direitos que uma criança, um jovem e até mesmo um adulto que estudam em escolas públicas e particulares, têm de aprender, onde quer que ele esteja. Todas as crianças brasileiras têm direito de aprender e se desenvolver. Não existem bons ventos para quem não sabe em que porto quer chegar. O porto que queremos chegar é que todas as crianças do Brasil se desenvolvam, aprendam e possam, a partir daí, desenvolver seus estudos e exercer a sua cidadania”, diz Callegari. Na mesma direção segue o secretário de Educação Básica, Rossieli Soares, que vê, na formação dos professores, a garantia de que a Base e o novo ensino médio sejam bem-sucedidos. “Estamos trabalhando com o Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) sobre uma proposta de formação de professores para as duas políticas. A Base é um documento nacional. O currículo é um documento que vai considerar a realidade local. E a política pedagógica só pode ser construída pelo professor e pelos profissionais da educação que estão na escola”, afirma. A atividade pedagógica também foi o foco da fala da educadora Katia Smole, do Movimento pela Base, uma das entidades da sociedade civil presentes ao encontro. Ela apontou a necessidade de se rever a forma do ensino da Matemática. “Há formas criativas de se ensinar a Matemática na educação infantil e na educação básica, em geral. O aprendizado está sempre ligado à criatividade. Claro que não dá para se controlar a aprendizagem porque ela é um processo muito individual, mas se pode fazer um ensino criativo voltado para a aprendizagem. Hoje se podem fazer pesquisas estatísticas, por exemplo, com dados da realidade, com aplicativos, com jogos, que estimulem os alunos a aprender. Estamos muito centrados ainda em quadro negro e fala, e a criança e o jovem estão pedindo outra coisa”, pontua. Segundo Smole, “as estratégias e metodologias de ensino cabem a cada professor e não será a Base que definirá isso, pois isso pertence à independência de cada professor”. “O Brasil é muito rico em pesquisa de educação. Em várias áreas de conhecimento, existem muitas coisas sendo sugeridas, como uso de aplicativos de celular e recursos tecnológicos. Ainda damos muita importância à educação frontal, em que o professor fala e o aluno tenta absorver”, ressalva. Essa foi a penúltima das cinco audiências previstas para acontecer em cada região do país. Até então tinham sido realizados encontros em Manaus (AM), Olinda (PE) e Florianópolis (SC). A última audiência ocorrerá no dia 11 de setembro, em Brasília – data que encerra o recebimento de propostas e documentos que serão encaminhados ao CNE para avaliação. Fonte: MEC https://goo.gl/1UzT7b