23/06/2022 Undime
Audiência foi realizada no âmbito da Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do Ministério da Educação
A Undime participou, nesta quinta-feira (23), de audiência pública virtual da Câmara dos Deputados para tratar sobre ações e estratégias de retomada da educação: busca ativa, recomposição de aprendizagem e saúde mental e emocional das comunidades escolares, representada pela Dirigente Municipal de Educação de Bonito/ PE e secretária de Finanças da Undime, Maria Elza Silva.
A audiência foi proposta pelo deputado Rodrigo Coelho (PODE/SC) e realizada no âmbito da Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do Ministério da Educação, coordenada pelo deputado Felipe Rigoni (UNIÃO/ ES).
Além da Undime, participaram como oradores da audiência a chefe de educação do UNICEF Brasil, Mônica Pinto; a diretora de relações institucionais do Instituto Gesto, Cleuza Repulho; e Tiago Bartholo, professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Maria Elza elencou o planejamento do processo-ensino aprendizagem, junto a recomposição das aprendizagens e a Busca Ativa Escolar como prioridades neste momento de retomada. Explicou que as redes estão se planejando de modo a seguir uma estratégia de realização de diagnóstico; estabelecimento de objetivos, metas e estratégias; elaboração de projetos, programas e políticas; monitoramento e avaliação da implementação das propostas. “E é esse monitoramento que nos dá a condição de observar se essas metas, objetivos e estratégias estão surtindo impacto para mitigar a defasagem de aprendizagens”, reforça.
Maria Elza também afirma que é preciso garantir que as aprendizagens que foram perdidas sejam recuperadas e que as redes necessitam reordenar o tempo pedagógico, os recursos didáticos, rever os currículos, revisitar os PPPs, fazer formação inicial e continuada, e que olhem profundamente para as necessidades dos professores e estudantes das redes e territórios. “Precisamos ter escolas cada vez mais atrativas, em que o estudante sinta vontade de estar ali. Eles já estão com uma carga de emoções e aprendizagens muito comprometidas. Precisamos tornar o ambiente escolar o mais leve possível”.
Para o professor Tiago Bartholo, a pandemia reforçou desigualdades e é necessário que se tenham mais recursos para a educação, visto que a recuperação passa pela valorização da escola pública. "Ensino presencial é na escola. Tecnologia é muito importante, mas não substitui a convivência e as interações que ocorrem no ensino presencial. É urgente um amplo diagnóstico nacional e isso passa pelos microdados do Censo Escolar e das avaliações do Saeb. E por fim, precisamos falar, sim, sobre a necessidade de mais recursos para a educação".
O alto número de crianças e adolescentes fora da escola, que já existia mesmo antes da pandemia e se agravou com a covid-19, foi ressaltado pela chefe de educação do UNICEF Brasil. Segundo dados apresentados, em 2019 mais de 1 milhão de estudantes; e em 2020 mais de 5,8 milhões estavam em distorção idade-série e cerca de 350 abandonaram ou foram reprovados. “Não podemos deixar nenhuma criança e adolescente para trás, normalmente são crianças pretas, pardas, indígenas, que moram em comunidades remotas, vivem de famílias de poder aquisitivo baixo e isso só reflete como se reproduz no chão da escola as desigualdades sociais que vivemos no país”.
De acordo com o deputado Rodrigo Coelho, as contribuições apresentadas pelos convidados serão utilizadas no relatório que será elaborado pela Comissão.
Fonte: Undime
Foto: Reprodução Youtube
Audiência foi realizada no âmbito da Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do Ministério da Educação A Undime participou, nesta quinta-feira (23), de audiência pública virtual da Câmara dos Deputados para tratar sobre ações e estratégias de retomada da educação: busca ativa, recomposição de aprendizagem e saúde mental e emocional das comunidades escolares, representada pela Dirigente Municipal de Educação de Bonito/ PE e secretária de Finanças da Undime, Maria Elza Silva. A audiência foi proposta pelo deputado Rodrigo Coelho (PODE/SC) e realizada no âmbito da Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do Ministério da Educação, coordenada pelo deputado Felipe Rigoni (UNIÃO/ ES). Além da Undime, participaram como oradores da audiência a chefe de educação do UNICEF Brasil, Mônica Pinto; a diretora de relações institucionais do Instituto Gesto, Cleuza Repulho; e Tiago Bartholo, professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Maria Elza elencou o planejamento do processo-ensino aprendizagem, junto a recomposição das aprendizagens e a Busca Ativa Escolar como prioridades neste momento de retomada. Explicou que as redes estão se planejando de modo a seguir uma estratégia de realização de diagnóstico; estabelecimento de objetivos, metas e estratégias; elaboração de projetos, programas e políticas; monitoramento e avaliação da implementação das propostas. “E é esse monitoramento que nos dá a condição de observar se essas metas, objetivos e estratégias estão surtindo impacto para mitigar a defasagem de aprendizagens”, reforça. Maria Elza também afirma que é preciso garantir que as aprendizagens que foram perdidas sejam recuperadas e que as redes necessitam reordenar o tempo pedagógico, os recursos didáticos, rever os currículos, revisitar os PPPs, fazer formação inicial e continuada, e que olhem profundamente para as necessidades dos professores e estudantes das redes e territórios. “Precisamos ter escolas cada vez mais atrativas, em que o estudante sinta vontade de estar ali. Eles já estão com uma carga de emoções e aprendizagens muito comprometidas. Precisamos tornar o ambiente escolar o mais leve possível”. Para o professor Tiago Bartholo, a pandemia reforçou desigualdades e é necessário que se tenham mais recursos para a educação, visto que a recuperação passa pela valorização da escola pública. "Ensino presencial é na escola. Tecnologia é muito importante, mas não substitui a convivência e as interações que ocorrem no ensino presencial. É urgente um amplo diagnóstico nacional e isso passa pelos microdados do Censo Escolar e das avaliações do Saeb. E por fim, precisamos falar, sim, sobre a necessidade de mais recursos para a educação". O alto número de crianças e adolescentes fora da escola, que já existia mesmo antes da pandemia e se agravou com a covid-19, foi ressaltado pela chefe de educação do UNICEF Brasil. Segundo dados apresentados, em 2019 mais de 1 milhão de estudantes; e em 2020 mais de 5,8 milhões estavam em distorção idade-série e cerca de 350 abandonaram ou foram reprovados. “Não podemos deixar nenhuma criança e adolescente para trás, normalmente são crianças pretas, pardas, indígenas, que moram em comunidades remotas, vivem de famílias de poder aquisitivo baixo e isso só reflete como se reproduz no chão da escola as desigualdades sociais que vivemos no país”. De acordo com o deputado Rodrigo Coelho, as contribuições apresentadas pelos convidados serão utilizadas no relatório que será elaborado pela Comissão. Fonte: UndimeFoto: Reprodução Youtube