20/04/2023 Undime
Debate aconteceu no formato presencial, na quarta-feira, 19 de abril
O aumento dos atos de violência em escolas e creches no Brasil foi tema de audiência pública na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (19). Na ocasião, a Undime estava representada pela presidente da seccional Sergipe, Josevanda Franco, Dirigente Municipal de Educação de Nossa Senhora do Socorro/SE, que começou sua participação abordando o tema central do debate. "A primeira coisa que temos que pensar é que não se trata da violência que nós estamos acostumados a trabalhar. Na escola, as formas de violência estão relacionadas à violência contra a pessoa, contra a propriedade ou contra o patrimônio. Agora nós estamos enfrentando a violência da sociedade para com a escola", comentou.
Segundo Josevanda, é preciso lembrar que a escola é um espaço pedagógico. “Nós estamos diante de uma situação que nos foge ao controle e que precisamos, mais do que nunca, aguçarmos os dois pilares que sustentam qualquer política pública de atendimento à criança e ao adolescente, em qualquer dos segmentos, seja ele da educação, da saúde, da segurança, que são os pilares que dão sustentação ao Estatuto da Criança e do Adolescente: a articulação e a intersetorialidade”, afirmou.
Para ela, é necessário que seja criada um política intersetorial que possa permitir e assegurar que as crianças e adolescentes permaneçam em um ambiente escolar sadio, harmônico e, acima de tudo, pedagógico.
Josevanda acredita que não se trata de um problema de solução única, pelo contrário, é um problema de natureza complexa, que atinge a sociedade. Isso porque, para ela, a escola é o reflexo da sociedade. "A escola é e está na sociedade. Então não há razão para que a gente não tenha o entendimento de que ela tem uma função social e ela é atingida pelos mesmos acontecimentos que a sociedade atravessa”, disse.
A presidente da Undime/SE destacou ainda que é preciso materializar políticas públicas que cheguem no centro do sistema, nos municípios. “O município não é a ponta. Ele é o centro. Ninguém mora num estado. Todos nós habitamos um município. Por isso, a nossa preocupação é subsidiar os municípios do ponto de vista da formação, da garantia de recursos capazes de promover e de facilitar a construção de um universo de seguridade com elementos vinculados à natureza pedagógica da escola”, destacou
A professora reiterou também que a Undime vem trabalhando, acompanhando e monitorando toda essa situação no sentido de discutir o tema, apoiar os dirigentes e fortalecer as redes municipais de ensino. “Não há de haver uma solução única. As soluções devem ter pertencimento, ou seja, cada rede precisa estar atenta as suas características, condições, aos aspectos de funcionamento para que os resultados de qualquer plano que se faça sejam positivo”.
Também participaram do debate representantes do Ministério da Educação, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Universidade de São Paulo (USP), do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Universidade de Brasília (UnB).
A audiência foi transmitida pelo canal da TV Câmara no Youtube. Clique aqui e confira o vídeo com a íntegra do debate.
Fonte/Fotos: Undime
Debate aconteceu no formato presencial, na quarta-feira, 19 de abril O aumento dos atos de violência em escolas e creches no Brasil foi tema de audiência pública na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (19). Na ocasião, a Undime estava representada pela presidente da seccional Sergipe, Josevanda Franco, Dirigente Municipal de Educação de Nossa Senhora do Socorro/SE, que começou sua participação abordando o tema central do debate. "A primeira coisa que temos que pensar é que não se trata da violência que nós estamos acostumados a trabalhar. Na escola, as formas de violência estão relacionadas à violência contra a pessoa, contra a propriedade ou contra o patrimônio. Agora nós estamos enfrentando a violência da sociedade para com a escola", comentou. Segundo Josevanda, é preciso lembrar que a escola é um espaço pedagógico. “Nós estamos diante de uma situação que nos foge ao controle e que precisamos, mais do que nunca, aguçarmos os dois pilares que sustentam qualquer política pública de atendimento à criança e ao adolescente, em qualquer dos segmentos, seja ele da educação, da saúde, da segurança, que são os pilares que dão sustentação ao Estatuto da Criança e do Adolescente: a articulação e a intersetorialidade”, afirmou. Para ela, é necessário que seja criada um política intersetorial que possa permitir e assegurar que as crianças e adolescentes permaneçam em um ambiente escolar sadio, harmônico e, acima de tudo, pedagógico. Josevanda acredita que não se trata de um problema de solução única, pelo contrário, é um problema de natureza complexa, que atinge a sociedade. Isso porque, para ela, a escola é o reflexo da sociedade. "A escola é e está na sociedade. Então não há razão para que a gente não tenha o entendimento de que ela tem uma função social e ela é atingida pelos mesmos acontecimentos que a sociedade atravessa”, disse. A presidente da Undime/SE destacou ainda que é preciso materializar políticas públicas que cheguem no centro do sistema, nos municípios. “O município não é a ponta. Ele é o centro. Ninguém mora num estado. Todos nós habitamos um município. Por isso, a nossa preocupação é subsidiar os municípios do ponto de vista da formação, da garantia de recursos capazes de promover e de facilitar a construção de um universo de seguridade com elementos vinculados à natureza pedagógica da escola”, destacou A professora reiterou também que a Undime vem trabalhando, acompanhando e monitorando toda essa situação no sentido de discutir o tema, apoiar os dirigentes e fortalecer as redes municipais de ensino. “Não há de haver uma solução única. As soluções devem ter pertencimento, ou seja, cada rede precisa estar atenta as suas características, condições, aos aspectos de funcionamento para que os resultados de qualquer plano que se faça sejam positivo”. Também participaram do debate representantes do Ministério da Educação, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Universidade de São Paulo (USP), do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Universidade de Brasília (UnB). A audiência foi transmitida pelo canal da TV Câmara no Youtube. Clique aqui e confira o vídeo com a íntegra do debate. Fonte/Fotos: Undime