19/07/2016 Undime
Sábado e domingo também é dia de discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Prova disso é que mais de 300 pessoas participaram do seminário sobre o assunto no último dia 16 e 17 de julho, realizado pela comissão estadual de mobilização da Base no Mato Grosso. O evento foi no anfiteatro da Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Müller, na capital Cuiabá (MT).
O representante do Consed na comissão estadual de mobilização da Base, Otair Rondon Filho, contou que mais de 500 pessoas manifestaram interesse em participar do evento. Segundo ele, a comissão seguiu a metodologia sugerida pelo Comitê Gestor dessa etapa de discussão da BNCC, formado pelo Consed e pela Undime. Um dos critérios para selecionar os participantes do seminário foi utilizar como pré-requisito o fato de ter contribuído com a primeira versão da Base por meio do portal da BNCC, criado pelo Ministério da Educação (MEC).
Para animar a plateia, o sábado começou com uma apresentação musical feita por estudantes e, em seguida, temas como o Ensino Médio na Base e o processo de construção desse documento foram pautas de discussão. Ainda na manhã do sábado, os participantes começaram a trabalhar em grupo por áreas de conhecimento sobre os objetivos de aprendizagem. No domingo, os trabalhos continuaram de forma que cada grupo foi preenchendo relatórios com as contribuições ao texto da segunda versão da Base Nacional Comum Curricular.
Henrique Lopes, professor e presidente do Sindicato dos trabalhadores do Ensino Público do Mato Grosso (Sintep/ MT), participou do seminário e destacou que "a Base não pode ficar reduzida a uma ideia de um currículo mínimo de 60% e 40%. Ela tem que expressar a vontade dos trabalhadores da educação, respeitar as especificidades locais. Ela tem que servir, acima de tudo, para o fortalecimento do Projeto Político Pedagógico de cada unidade escolar". Além disso, Henrique lembrou que a qualidade da educação não se resume apenas à Base, mas também a questões relacionadas à gestão democrática, estrutura e condições de trabalho dos profissionais da educação. "Podemos construir um documento lindo, maravilhoso, cheio de boas intenções, que é o que sempre os trabalhadores da educação têm, mas se esse documento construído não encontrar o suporte necessário para o desenvolvimento dessas atividades no cotidiano da escola, serão apenas letras mortas", ponderou.
O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, participou do evento e ressaltou a importância do envolvimento dos professores nesse processo de construção coletiva da Base. "Não tem como você ter um documento que vai ser tão norteador da política nacional e em nível estadual e municipal sem ouvir aqueles que serão os grandes utilizadores, que têm a experiência de construção dentro da sala de aula da educação brasileira, que são os nossos professores”.
De acordo com o Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/ 20114) o documento que prevê a Base Nacional Comum Curricular deve ser entregue ao Conselho Nacional de Educação após consulta pública. A primeira etapa, já cumprida, recebeu mais de 12 milhões de contribuições advindas de toda a sociedade. A segunda etapa está sendo realizada neste momento por meio da realização dos seminários estaduais que vão até o dia 5 de agosto. O comitê gestor, responsável por essa fase de discussão da BNCC deverá sistematizar as contribuições recebidas por meio dos relatórios estaduais e distrital para enviar ao Ministério da Educação um único documento.
Para a professora Hilda Micarello, coordenadora pedagógica da BNCC, que também participou do seminário no Mato Grosso, essa segunda versão já está mais amadurecida, uma vez que incorpora muitas das contribuições que vieram do momento do debate público mais ampliado. Segundo ela, o documento que está sendo discutido nos estados é um documento que tem condições de dialogar mais de perto coma realidade dos estados.
Fonte: Udime com a colaboração de Daniela Mendes/ UnB
Sábado e domingo também é dia de discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Prova disso é que mais de 300 pessoas participaram do seminário sobre o assunto no último dia 16 e 17 de julho, realizado pela comissão estadual de mobilização da Base no Mato Grosso. O evento foi no anfiteatro da Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Müller, na capital Cuiabá (MT). O representante do Consed na comissão estadual de mobilização da Base, Otair Rondon Filho, contou que mais de 500 pessoas manifestaram interesse em participar do evento. Segundo ele, a comissão seguiu a metodologia sugerida pelo Comitê Gestor dessa etapa de discussão da BNCC, formado pelo Consed e pela Undime. Um dos critérios para selecionar os participantes do seminário foi utilizar como pré-requisito o fato de ter contribuído com a primeira versão da Base por meio do portal da BNCC, criado pelo Ministério da Educação (MEC). Para animar a plateia, o sábado começou com uma apresentação musical feita por estudantes e, em seguida, temas como o Ensino Médio na Base e o processo de construção desse documento foram pautas de discussão. Ainda na manhã do sábado, os participantes começaram a trabalhar em grupo por áreas de conhecimento sobre os objetivos de aprendizagem. No domingo, os trabalhos continuaram de forma que cada grupo foi preenchendo relatórios com as contribuições ao texto da segunda versão da Base Nacional Comum Curricular. Henrique Lopes, professor e presidente do Sindicato dos trabalhadores do Ensino Público do Mato Grosso (Sintep/ MT), participou do seminário e destacou que "a Base não pode ficar reduzida a uma ideia de um currículo mínimo de 60% e 40%. Ela tem que expressar a vontade dos trabalhadores da educação, respeitar as especificidades locais. Ela tem que servir, acima de tudo, para o fortalecimento do Projeto Político Pedagógico de cada unidade escolar". Além disso, Henrique lembrou que a qualidade da educação não se resume apenas à Base, mas também a questões relacionadas à gestão democrática, estrutura e condições de trabalho dos profissionais da educação. "Podemos construir um documento lindo, maravilhoso, cheio de boas intenções, que é o que sempre os trabalhadores da educação têm, mas se esse documento construído não encontrar o suporte necessário para o desenvolvimento dessas atividades no cotidiano da escola, serão apenas letras mortas", ponderou. O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, participou do evento e ressaltou a importância do envolvimento dos professores nesse processo de construção coletiva da Base. "Não tem como você ter um documento que vai ser tão norteador da política nacional e em nível estadual e municipal sem ouvir aqueles que serão os grandes utilizadores, que têm a experiência de construção dentro da sala de aula da educação brasileira, que são os nossos professores”. De acordo com o Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/ 20114) o documento que prevê a Base Nacional Comum Curricular deve ser entregue ao Conselho Nacional de Educação após consulta pública. A primeira etapa, já cumprida, recebeu mais de 12 milhões de contribuições advindas de toda a sociedade. A segunda etapa está sendo realizada neste momento por meio da realização dos seminários estaduais que vão até o dia 5 de agosto. O comitê gestor, responsável por essa fase de discussão da BNCC deverá sistematizar as contribuições recebidas por meio dos relatórios estaduais e distrital para enviar ao Ministério da Educação um único documento. Para a professora Hilda Micarello, coordenadora pedagógica da BNCC, que também participou do seminário no Mato Grosso, essa segunda versão já está mais amadurecida, uma vez que incorpora muitas das contribuições que vieram do momento do debate público mais ampliado. Segundo ela, o documento que está sendo discutido nos estados é um documento que tem condições de dialogar mais de perto coma realidade dos estados. Fonte: Udime com a colaboração de Daniela Mendes/ UnB