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19/10/2017 Undime

Undime participa do lançamento da Política Nacional de Formação de Professores

A Undime participou, na manhã desta quarta-feira, 18 de outubro, do lançamento da Política Nacional de Formação de Professores. Inédita no país, a política abrange desde a criação de uma Base Nacional Docente até a ampliação da qualidade e do acesso à formação inicial e continuada de professores da educação básica.

O lançamento ocorreu por meio de uma coletiva de imprensa, realizada na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. A Undime foi representada pelo presidente da Região Centro-Oeste e presidente da seccional GO, Marcelo Ferreira da Costa, Dirigente Municipal de Educação de Goiânia (GO). Também compuseram a mesa o ministro da Educação, Mendonça Filho; a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro; o secretário de Educação Básica, Rossieli Soares da Silva; o secretário de Educação Superior, Paulo Barone; o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Abilio Baeta Neves; a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini; e a vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Maria Cecilia Amendola da Motta, secretária de estado de Educação do Mato Grosso do Sul.

Ao apresentar a proposta da política de formação, a secretária executiva do MEC ressaltou que a qualidade das aprendizagens depende da qualidade do trabalho do professor. Segundo Maria Helena, evidências mostram que, entre os fatores que podem ser controlados pela política educacional, o professor é o que tem maior peso na determinação do desempenho dos alunos.

Dados do Censo Escolar de 2016 demonstram que, dos 2.196.397 professores da educação básica do país, mais de 480 mil só possuem ensino médio e mais de 6 mil, apenas o ensino fundamental. Cerca de 95 mil têm formação superior, sem cursos de licenciatura. Apenas 1.606.889 possuem formação em licenciatura, porém, muitos desses não atuam em sua respectiva área de formação.

Segundo o MEC, os dados revelam resultados insuficientes dos estudantes, aumento das desigualdades, baixa qualidade da formação dos professores, estágios curriculares sem planejamento e sem vinculação clara com as escolas. “A Política Nacional está em sintonia com o Novo Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular”, destaca o ministro da Educação. “Ela revela nosso esforço na direção de uma das prioridades mais relevantes na área educacional: a política de formação e valorização dos professores”.

A Política Nacional de Formação de Professores engloba duas frentes: formação inicial e formação continuada.

No âmbito da formação inicial:

Base Nacional de Formação Docente: norteará a o currículo de formação de professores e será articulada com estados, municípios, instituições formadoras e o Conselho Nacional de Educação.

Programa de Formação Pedagógica: trata-se de uma formação em serviço ao longo da graduação com ingresso após o 2º ano. A princípio serão oferecidas 80 mil bolsas.

Universidade Aberta do Brasil: 75% das novas vagas serão reservadas para formação de professores para 1ª e 2ª licenciatura com aprofundamento em conteúdos como tecnologias, matemática e português.

ProUni: as regras para bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) serão flexibilizadas para o preenchimento de vagas ociosas. A partir do próximo ano, os professores que desejarem fazer uma segunda formação em cursos de licenciatura poderão entrar no programa. O mesmo vai acontecer para o público geral interessado.

No âmbito da formação continuada será criado com comitê gestor composto pelo MEC, Consed, Undime e instituições formadoras para se discutir vários aspectos. Entre eles: a Base Nacional Comum Curricular, alfabetização, educação infantil, novo ensino médio, educação em direitos humanos e formação para gestores. Além disso, haverá uma plataforma de formação continuada com oferta de cursos e percursos formativos.

Os princípios da nova política consistem na maior colaboração entre união, redes de ensino e instituições formadoras; maior articulação entre teoria e prática em cursos de formação de professores e domínio dos conhecimentos da BNCC.

Na avaliação do presidente da Undime Região Centro-Oeste, a residência pedagógica vai gerar benefícios como um diálogo maior entre a educação básica e a educação superior. "É um sonho que nos professores temos há muito tempo. Esse descompasso não é produtivo para o Brasil, para os professores e para a prática em sala de aula", ressalta Marcelo. Ele acredita também que a nova proposta vai gerar as alterações curriculares necessárias para que os professores consigam dialogar com as redes e evitar os custos de estados e municípios com a formação em serviço. "De modo geral teremos uma integração curricular muito maior, pois o que é posto hoje como estágio curricular vai ser totalmente modificado. Essa é a nossa grande expectativa".

Clique aqui para acessar o material utilizado na apresentação da nova política.

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Fonte/ Fotos: Undime


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