16/06/2020 Undime
Relatório nacional foi apresentado nesta segunda-feira, 15 de junho
Avaliar as condições da educação municipal na realização de atividades não presenciais e a determinação dos governos em relação à pandemia. Descobrir o perfil das famílias, as estratégias de aprendizagem adotadas, o planejamento para monitoramento das atividades e os principais desafios de implementação do ensino não presencial foram alguns dos assuntos pautados pela pesquisa “Desafios das Secretarias de Educação do Brasil na oferta de atividades educacionais não presenciais”, realizada por Undime e Consed, com apoio do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb), Fundação Itaú Social, Fundação Lemann e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O questionário ficou disponível entre os dias 27 de abril a 4 de maio de 2020, no ambiente virtual Conviva Educação. Para apresentar o relatório com o consolidado final, a Undime reuniu seus parceiros institucionais em encontro virtual, nesta segunda-feira, 15 de junho.
As redes de ensino de todo o Brasil têm enfrentando inúmeros desafios no sentido de proporcionar aos alunos acesso a atividades pedagógicas não presenciais nesse período de isolamento social e de aulas suspensas provocado pela pandemia da Covid–19. Um dos empecilhos é a condição socioeconômica da maioria dos estudantes. De acordo com o estudo, 83% dos alunos das redes públicas do Brasil vivem em famílias que recebem até 1 salário mínimo per capita, o que revela que a maior parte está vulnerável durante a crise gerada pela pandemia.
O relatório foi apresentado por Rafael Camelo, Diretor de Avaliação e Planejamento do Plano CDE, que detalhou o perfil das redes municipais respondentes no Brasil e em cada unidade da federação. Ao todo, 3.978 redes municipais participaram da pesquisa, que representa 71% do total de municípios do país. Sobre a possibilidade de realização de aulas não presenciais, 79% dos alunos das redes dizem ter acesso à internet, no entanto, cerca de 46% acessam apenas por celular, o que limita o ensino nessas condições.
Em contrapartida, em 1.710 redes municipais (43% das que adotaram a educação não presencial) também utilizam materiais impressos, juntamente a videoaulas e conteúdos digitais como parte das estratégias para atender seus alunos.
O presidente, Luiz Miguel Garcia, Dirigente Municipal de Educação de Sud Mennuci (SP), apresentou ainda um levantamento das ações da Undime durante a pandemia e falou sobre como a instituição tem se organizado neste momento. Além disso, Garcia alertou para a dificuldade de acesso à tecnologia. “No que se refere aos resultados, entre vários outros, o que chama a atenção é que a tecnologia precisa fazer parte dos direitos básicos dos alunos. Outro ponto é a necessidade de informações normativas por parte dos municípios. Essa é a pauta do momento e já estamos em diálogo com os conselhos municipais para dar uma atenção a esse pedido dos dirigentes e equipes técnicas"
Essa é a segunda rodada da pesquisa cujo objetivo é mapear os desafios das secretarias na oferta emergencial de atividades educativas e no desenvolvimento de materiais que possam apoiá-las, respeitando as diversidades e peculiaridades do país. O presidente da Undime planeja, para os próximos meses, a realização de uma terceira fase do estudo para refinar e aprimorar os dados coletados, bem como conhecer os novos desafios que irão surgir, sobretudo, na retomada das aulas presenciais.
Clique aqui para acessar o relatório da pesquisa.
Fonte: Undime
Relatório nacional foi apresentado nesta segunda-feira, 15 de junho Avaliar as condições da educação municipal na realização de atividades não presenciais e a determinação dos governos em relação à pandemia. Descobrir o perfil das famílias, as estratégias de aprendizagem adotadas, o planejamento para monitoramento das atividades e os principais desafios de implementação do ensino não presencial foram alguns dos assuntos pautados pela pesquisa “Desafios das Secretarias de Educação do Brasil na oferta de atividades educacionais não presenciais”, realizada por Undime e Consed, com apoio do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb), Fundação Itaú Social, Fundação Lemann e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O questionário ficou disponível entre os dias 27 de abril a 4 de maio de 2020, no ambiente virtual Conviva Educação. Para apresentar o relatório com o consolidado final, a Undime reuniu seus parceiros institucionais em encontro virtual, nesta segunda-feira, 15 de junho. As redes de ensino de todo o Brasil têm enfrentando inúmeros desafios no sentido de proporcionar aos alunos acesso a atividades pedagógicas não presenciais nesse período de isolamento social e de aulas suspensas provocado pela pandemia da Covid–19. Um dos empecilhos é a condição socioeconômica da maioria dos estudantes. De acordo com o estudo, 83% dos alunos das redes públicas do Brasil vivem em famílias que recebem até 1 salário mínimo per capita, o que revela que a maior parte está vulnerável durante a crise gerada pela pandemia. O relatório foi apresentado por Rafael Camelo, Diretor de Avaliação e Planejamento do Plano CDE, que detalhou o perfil das redes municipais respondentes no Brasil e em cada unidade da federação. Ao todo, 3.978 redes municipais participaram da pesquisa, que representa 71% do total de municípios do país. Sobre a possibilidade de realização de aulas não presenciais, 79% dos alunos das redes dizem ter acesso à internet, no entanto, cerca de 46% acessam apenas por celular, o que limita o ensino nessas condições. Em contrapartida, em 1.710 redes municipais (43% das que adotaram a educação não presencial) também utilizam materiais impressos, juntamente a videoaulas e conteúdos digitais como parte das estratégias para atender seus alunos. O presidente, Luiz Miguel Garcia, Dirigente Municipal de Educação de Sud Mennuci (SP), apresentou ainda um levantamento das ações da Undime durante a pandemia e falou sobre como a instituição tem se organizado neste momento. Além disso, Garcia alertou para a dificuldade de acesso à tecnologia. “No que se refere aos resultados, entre vários outros, o que chama a atenção é que a tecnologia precisa fazer parte dos direitos básicos dos alunos. Outro ponto é a necessidade de informações normativas por parte dos municípios. Essa é a pauta do momento e já estamos em diálogo com os conselhos municipais para dar uma atenção a esse pedido dos dirigentes e equipes técnicas" Essa é a segunda rodada da pesquisa cujo objetivo é mapear os desafios das secretarias na oferta emergencial de atividades educativas e no desenvolvimento de materiais que possam apoiá-las, respeitando as diversidades e peculiaridades do país. O presidente da Undime planeja, para os próximos meses, a realização de uma terceira fase do estudo para refinar e aprimorar os dados coletados, bem como conhecer os novos desafios que irão surgir, sobretudo, na retomada das aulas presenciais. Clique aqui para acessar o relatório da pesquisa. Fonte: Undime