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15/07/2016 Undime

Mato Grosso do Sul propõe contribuições à Base Nacional Comum Curricular

Cerca de 190 pessoas, entre professores da educação básica, alunos do Ensino Médio, Dirigentes Municipais de Educação, especialistas e representantes de intuições ligadas à educação no estado se reuniram esta semana para debater e analisar a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A Base representa os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da educação básica e está prevista na lei que institui o Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/ 2014).

Lígia Maria Antônio é orientadora da Escola Municipal Isauro Bento Nogueiro, localizada no distrito de Anhandui (MS) e participou do seminário. Há 24 anos trabalhando com educação, ela afirmou que o evento é um momento para adquirir conhecimento e aprender mais sobre o tema. "É uma formação que vai me dar conhecimento, uma bagagem. Vai mostrar o que eu sei e aquilo que eu não sei".

Apesar de ser um momento no qual a participação dos professores é considerada essencial, já que a Base vai afetar diretamente o dia a dia da sala de aula, ela ainda precisa ser mais ampla, é o que pensa a pedagoga da rede estadual de educação, Andréa Silva. Ela contou que a secretaria de educação no estado trabalhou, desde o início, no sentido de orientar as escolas e os professores sobre a base e todo o processo de construção, mas, segundo Andréa, ainda falta uma participação mais ativa dos professores. "Sinto pouca participação deles [professores], mas eles estão conscientes de que está havendo todo esse movimento de reestruturação do currículo", comentou.

De acordo com a legislação, a Base deve ser encaminhada ao Conselho Nacional de Educação ainda em 2016, após consulta pública. Essa é a segunda versão do documento. Na primeira versão, o Ministério da Educação (MEC) recebeu mais de 12 milhões de contribuições advindas de toda a sociedade, por meio do portal da Base.

A Base terá o conteúdo comum no âmbito nacional, mas deverá contemplar também a parte diversificada, de forma a respeitar as especificidades locais e regionais. Marisane Soares Vilasanti, é professora em Paranhos (MS), município a cerca de 500 km da capital. Ela participou do seminário mesmo estando de férias e apontou como grande desafio essa questão: "Nós estamos tentando achar um consenso para diminuir a questão da repetência e da evasão escolar na nossa região". Isso porque, segundo ela, a região que fica na divisa com o Paraguai tem muitas escolas indígenas e, por isso, precisa de uma atenção especial.

O seminário aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de julho, na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande (MS). A iniciativa é uma realização da comissão estadual de mobilização da Base Nacional Comum Curricular no estado, formada por representantes do Consed e da Undime.

Além dos professores, alunos, gestores e representantes de instituições, a universidade também é um segmento importante no processo de construção da Base. "A Universidade do Estado está sempre aberta a esse tipo de discussão (...) é um espaço onde estamos formando futuros professores e professores em serviço", lembrou Ruberval Franco Maciel, professor do curso de letras na universidade do estado.

Próximos passos – Após o seminário, a comissão estadual de mobilização no Mato Grosso do Sul vai elaborar um relatório com as contribuições à segunda versão da Base Nacional Comum Curricular. O relatório deverá ser enviado até o dia 5 de agosto ao comitê gestor dessa etapa de elaboração da BNCC, formado por Consed e Undime. O comitê gestor será responsável por sistematizar os 26 relatórios estaduais e o distrital para enviar ao Ministério da Educação um só relatório de maneira a contemplar as contribuições.

Clique aqui para saber sobre os seminários nos outros estados.

Fonte: Undime com a colaboração de Henrique Polidoro/ UnB


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