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10/10/2019 Undime

Prêmio de Educação em Direitos Humanos anuncia vencedores da etapa nacional

O professor Rudinei Albane, 32 anos, é surdo. Chegou no Centro de Educação Infantil Municipal Aquarela de Chapecó (SC), em 2016, para dar aulas de educação física e, o que poderia ser uma barreira de comunicação, tornou-se elo de mobilização da comunidade escolar. Além das aulas de educação física, Rudinei passou a ensinar Libras (Língua Brasileira de Sinais) para alunos, professores, merendeiras, porteiros, pais e mães. Assim nasceu o projeto “Mãos que Falam”, que trabalha a inclusão no universo da Educação Infantil na escola pública. A iniciativa passou a ser referência no município sul catarinense.

Nesta quarta-feira (9), o trabalho desenvolvido pelo professor Rudinei foi reconhecido. Em Brasília, a escola recebeu o certificado de vencedora da etapa nacional do Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), na categoria A - Escolas (educação formal).

Na categoria B – Organizações da Sociedade Civil (educação não formal), o reconhecimento do prêmio foi concedido à TV Ines, do Rio de Janeiro. A emissora educativa foi reconhecida por oferecer programação educativa com atenção aos públicos surdos e ouvintes de forma integrada. A TV Ines é a primeira TV da América Latina e única do Brasil com esse enfoque. No mundo só existem quatro emissoras com foco em pessoas com deficiência auditiva. O projeto é uma parceria entre a Organização Roquette Pinto Comunicação Educativa e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).

A Undime participou da cerimônia de entrega do prêmio aos vencedores. Na ocasião, a instituição esteve representada pelo vice-presidente, Marcelo Ferreira da Costa, Dirigente Municipal de Educação de Goiânia (GO) e presidente da Seccional Goiás. "Estamos muito satisfeitos de estar aqui hoje e entender que essas iniciativas se espalham pelo país, nos ensinam muito e, no caso de nós, professores, nos tornam pessoas melhores. Parabéns", disse Marcelo.

O Prêmio é uma iniciativa da OEI, realizada em parceria com a Fundação SM, e conta com o apoio Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), da Undime e do Consed.

Ao todo, foram 75 inscritos na edição de 2019 do Prêmio Ibero-americano de Direitos Humanos no Brasil - 44 concorreram na categoria A, voltada para instituições de ensino, sejam elas escolas públicas ou privadas. Os outros 31 inscritos na categoria B do prêmio, que reconhece a educação em direitos humanos de OSCs, estejam elas trabalhando na educação formal ou informal.

O prêmio de Educação em Direitos Humanos começou com a OEI no Brasil em 2008. Em 2015 passou a ser um concurso internacional. Atualmente envolve os 23 países que fazem parte da Organização.

No final de novembro, os vencedores viajam para o México, onde vão concorrer a etapa internacional para receber 5 mil dólares para investir nas iniciativas apresentadas.

Fonte: OEI com adaptações


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