06/06/2025 Undime
Premiação recebeu 1.593 inscrições e mobilizou mais de 60 mil estudantes e 5 mil educadores de 738 municípios; grupos participarão de atividades relacionadas à COP30
O Prêmio Criativos Escola + Natureza anunciou nesta quinta-feira (5), em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, os seis projetos premiados na edição de 2025. As iniciativas reconhecidas das cidades de Manaus (AM), Carnaíba (PE), Codó (MA), Estância (SE), Porto Alegre (RS) e Corumbá (MS) criaram soluções práticas e eficazes para transformar a natureza na escola e no seu entorno. Entre os projetos reconhecidos pela premiação do programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, estão ações de valorização de saberes e culturas indígenas, soluções para o reaproveitamento da água e para filtrar resíduos tóxicos na produção de alimentos e iniciativas que usam a arte para conscientizar sobre questões ambientais.
Representando os seis biomas brasileiros – Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal –, os projetos se destacaram pela originalidade, criatividade, protagonismo estudantil na formulação e desenvolvimento das propostas, compromisso com a preservação ambiental e potencial de transformação socioambiental.
“Ver esses estudantes representando os biomas brasileiros em atividades ligadas à COP30 é mais do que um reconhecimento, é um chamado à escuta e à ação. Crianças e adolescentes já vivenciam os impactos da crise climática em seus territórios e estão criando soluções a partir dessas realidades. Os projetos premiados mostram como essa mudança já começou nas escolas, nas comunidades e na força de quem acredita que cada ação conta na construção de um futuro mais justo, sustentável e, claro, verde”, ressalta Ana Claudia Leite, especialista em educação e culturas infantis do Instituto Alana.
Os projetos premiados representam as instituições de ensino: Instituto de Educação do Amazonas, de Manaus (AM); Escola Técnica Estadual Professor Paulo Freire, de Carnaíba (PE); Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, de Codó (MA); Instituto Federal de Sergipe, de Estância (SE); Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint-Hilaire, de Porto Alegre (RS) e Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Sebastião Rolon - Extensão Nazaré, de Corumbá (MS).
Eles foram selecionados entre 33 iniciativas finalistas da premiação. Além dos vencedores, chegaram à etapa final projetos do Distrito Federal e de 14 estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Bahia, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Conheça os seis projetos premiados:
Amazônia | Projeto: “O diálogo com a natureza: Povos indígenas da Amazônia e a sustentabilidade”, de Manaus (AM)
Desenvolvido por estudantes do 3º ano do Ensino Médio do Instituto de Educação do Amazonas, de Manaus (AM), o projeto valoriza os saberes e culturas indígenas e mostra como eles são fundamentais para a proteção da natureza. Por meio de pesquisas, conversas com lideranças indígenas, vivências culturais e ações educativas, os estudantes integram esses conhecimentos tradicionais ao currículo escolar, reforçando o vínculo entre educação e território.
Cerrado | Projeto: “Protótipo de Sistema de Reuso de Água na promoção da sustentabilidade e o uso responsável dos recursos naturais”, de Códó (MA)
A partir da observação cotidiana do desperdício de água nos bebedouros da escola, estudantes dos 1º e 3º anos do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, em Codó, idealizaram e construíram um sistema de reaproveitamento de água. O protótipo inclui captação, filtragem e redistribuição da água para usos não potáveis, como irrigação e descarga de sanitários. O sistema, já parcialmente implantado, utiliza sensores, energia solar e materiais acessíveis, transformando tecnologia em prática educativa e sustentável dentro da própria comunidade escolar.
Caatinga | Projeto: “Filtropinha: dos resíduos aos recursos”, de Carnaíba (PE)
Estudantes do 2º ano do Ensino Médio da Escola Técnica Estadual (ETE) Paulo Freire, de Carnaíba (PE), criaram um filtro de baixo custo, feito com cascas de pinha e carvão ativado, capaz de reduzir a toxicidade da manipueira — um resíduo altamente poluente gerado na produção de farinha de mandioca. A iniciativa alia saberes tradicionais e ciência, com o objetivo de preservar os recursos naturais e proteger a saúde da comunidade quilombola onde vivem duas integrantes da equipe.
Mata Atlântica | Projeto: “Ecotech”, de Estância (SE)
Em meio à crescente degradação ambiental e ao avanço das mudanças climáticas, um grupo de estudantes do 2º ano do Ensino Médio do Instituto Federal de Sergipe, de Estância (SE), criou um projeto para a defesa de ecossistemas ameaçados como os manguezais e as restingas, áreas de grande biodiversidade e essenciais para a conservação da Mata Atlântica. A iniciativa teve impacto direto na comunidade local, ao promover a valorização dos conhecimentos tradicionais — especialmente os das marisqueiras e pescadores artesanais — e fortalecer a conservação da fauna e flora da região, como o aratu, o maçunim, a ostra, o camarão e a mangaba, fruto símbolo do estado.
Pampa | Projeto: “Colocar o coração no ritmo da Terra: reflorestando mentes e corações”, de Porto Alegre (RS)
Desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de alunos dos 1º, 4º, 5º e 7º anos do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint-Hilaire, em Porto Alegre (RS), a iniciativa teve como foco a revitalização e valorização do Parque Saint-Hilaire, uma área próxima à escola, rica em natureza, cultura e memória local. Inspirados em autores indígenas e negros, os estudantes deram visibilidade às queimadas ilegais que ocorrem no local e criaram atividades educativas, artísticas e ambientais para conscientizar a comunidade sobre a importância de cuidar e se apropriar do território.
Pantanal | Projeto: “Queimadas no Pantanal”, de Corumbá (MS)
Sensibilizados pelas constantes queimadas que atingem o Pantanal, estudantes dos
6º ao 9º anos da Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Sebastião Rolon - Extensão Nazaré, em Corumbá (MS), decidiram conscientizar sobre o problema por meio da arte. As crianças criaram uma peça teatral autoral, onde explicam os impactos das queimadas, como preveni-las e a quem recorrer em casos de emergência ambiental. A iniciativa une expressão artística, educação ambiental e engajamento social, mostrando que é possível mobilizar uma comunidade por meio da cultura.
Até três estudantes e um educador de cada grupo premiado vão participar de atividades ligadas à 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30). Os integrantes também podem participar de uma experiência a ser realizada em parceria com Greenpeace Brasil. Além da visibilidade nacional, os grupos premiados receberão R$ 12 mil — sendo R$ 10 mil para a continuidade dos projetos ou outras ações dos grupos, e R$ 2 mil destinados ao educador responsável.
A participação de crianças e adolescentes nessas atividades reforça a urgência de incluir, nos espaços de diálogo e tomadas de decisão, aqueles que já vivem os efeitos da emergência climática — e que mais sofrerão com ela nas próximas décadas. “O Prêmio Criativos da Escola + Natureza mostra que o protagonismo dos estudantes é real, potente e precisa ocupar os espaços de decisão. São eles que já enfrentam as consequências das mudanças climáticas no dia a dia e que têm muito a ensinar ao mundo sobre resistência, criatividade, cuidado e futuro”, destaca Fernanda de Andrade, coordenadora do programa Criativos da Escola.
O Prêmio Criativos Escola + Natureza é uma iniciativa do programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, com apoio da Undime e do Greenpeace Brasil. Esta edição recebeu 1.593 inscrições, engajando mais de 60 mil estudantes e 5.300 educadores de 738 municípios brasileiros. Entre os projetos inscritos, 468 incluíram estudantes com deficiência, e mais de 90% das propostas vieram de escolas públicas — com forte presença de instituições estaduais (51%) e municipais (33,2%). Escolas federais, privadas e organizações da sociedade civil também marcaram presença na premiação.
Fonte: Criativos da Escola
https://criativosdaescola.com.br/conheca-o-resultado-do-premio-criativos-escola-natureza/
Premiação recebeu 1.593 inscrições e mobilizou mais de 60 mil estudantes e 5 mil educadores de 738 municípios; grupos participarão de atividades relacionadas à COP30 O Prêmio Criativos Escola + Natureza anunciou nesta quinta-feira (5), em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, os seis projetos premiados na edição de 2025. As iniciativas reconhecidas das cidades de Manaus (AM), Carnaíba (PE), Codó (MA), Estância (SE), Porto Alegre (RS) e Corumbá (MS) criaram soluções práticas e eficazes para transformar a natureza na escola e no seu entorno. Entre os projetos reconhecidos pela premiação do programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, estão ações de valorização de saberes e culturas indígenas, soluções para o reaproveitamento da água e para filtrar resíduos tóxicos na produção de alimentos e iniciativas que usam a arte para conscientizar sobre questões ambientais. Representando os seis biomas brasileiros – Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal –, os projetos se destacaram pela originalidade, criatividade, protagonismo estudantil na formulação e desenvolvimento das propostas, compromisso com a preservação ambiental e potencial de transformação socioambiental. “Ver esses estudantes representando os biomas brasileiros em atividades ligadas à COP30 é mais do que um reconhecimento, é um chamado à escuta e à ação. Crianças e adolescentes já vivenciam os impactos da crise climática em seus territórios e estão criando soluções a partir dessas realidades. Os projetos premiados mostram como essa mudança já começou nas escolas, nas comunidades e na força de quem acredita que cada ação conta na construção de um futuro mais justo, sustentável e, claro, verde”, ressalta Ana Claudia Leite, especialista em educação e culturas infantis do Instituto Alana. Os projetos premiados representam as instituições de ensino: Instituto de Educação do Amazonas, de Manaus (AM); Escola Técnica Estadual Professor Paulo Freire, de Carnaíba (PE); Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, de Codó (MA); Instituto Federal de Sergipe, de Estância (SE); Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint-Hilaire, de Porto Alegre (RS) e Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Sebastião Rolon - Extensão Nazaré, de Corumbá (MS). Eles foram selecionados entre 33 iniciativas finalistas da premiação. Além dos vencedores, chegaram à etapa final projetos do Distrito Federal e de 14 estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Bahia, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Conheça os seis projetos premiados: Amazônia | Projeto: “O diálogo com a natureza: Povos indígenas da Amazônia e a sustentabilidade”, de Manaus (AM) Desenvolvido por estudantes do 3º ano do Ensino Médio do Instituto de Educação do Amazonas, de Manaus (AM), o projeto valoriza os saberes e culturas indígenas e mostra como eles são fundamentais para a proteção da natureza. Por meio de pesquisas, conversas com lideranças indígenas, vivências culturais e ações educativas, os estudantes integram esses conhecimentos tradicionais ao currículo escolar, reforçando o vínculo entre educação e território. Cerrado | Projeto: “Protótipo de Sistema de Reuso de Água na promoção da sustentabilidade e o uso responsável dos recursos naturais”, de Códó (MA) A partir da observação cotidiana do desperdício de água nos bebedouros da escola, estudantes dos 1º e 3º anos do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, em Codó, idealizaram e construíram um sistema de reaproveitamento de água. O protótipo inclui captação, filtragem e redistribuição da água para usos não potáveis, como irrigação e descarga de sanitários. O sistema, já parcialmente implantado, utiliza sensores, energia solar e materiais acessíveis, transformando tecnologia em prática educativa e sustentável dentro da própria comunidade escolar. Caatinga | Projeto: “Filtropinha: dos resíduos aos recursos”, de Carnaíba (PE) Estudantes do 2º ano do Ensino Médio da Escola Técnica Estadual (ETE) Paulo Freire, de Carnaíba (PE), criaram um filtro de baixo custo, feito com cascas de pinha e carvão ativado, capaz de reduzir a toxicidade da manipueira — um resíduo altamente poluente gerado na produção de farinha de mandioca. A iniciativa alia saberes tradicionais e ciência, com o objetivo de preservar os recursos naturais e proteger a saúde da comunidade quilombola onde vivem duas integrantes da equipe. Mata Atlântica | Projeto: “Ecotech”, de Estância (SE) Em meio à crescente degradação ambiental e ao avanço das mudanças climáticas, um grupo de estudantes do 2º ano do Ensino Médio do Instituto Federal de Sergipe, de Estância (SE), criou um projeto para a defesa de ecossistemas ameaçados como os manguezais e as restingas, áreas de grande biodiversidade e essenciais para a conservação da Mata Atlântica. A iniciativa teve impacto direto na comunidade local, ao promover a valorização dos conhecimentos tradicionais — especialmente os das marisqueiras e pescadores artesanais — e fortalecer a conservação da fauna e flora da região, como o aratu, o maçunim, a ostra, o camarão e a mangaba, fruto símbolo do estado. Pampa | Projeto: “Colocar o coração no ritmo da Terra: reflorestando mentes e corações”, de Porto Alegre (RS) Desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de alunos dos 1º, 4º, 5º e 7º anos do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint-Hilaire, em Porto Alegre (RS), a iniciativa teve como foco a revitalização e valorização do Parque Saint-Hilaire, uma área próxima à escola, rica em natureza, cultura e memória local. Inspirados em autores indígenas e negros, os estudantes deram visibilidade às queimadas ilegais que ocorrem no local e criaram atividades educativas, artísticas e ambientais para conscientizar a comunidade sobre a importância de cuidar e se apropriar do território. Pantanal | Projeto: “Queimadas no Pantanal”, de Corumbá (MS) Sensibilizados pelas constantes queimadas que atingem o Pantanal, estudantes dos 6º ao 9º anos da Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Sebastião Rolon - Extensão Nazaré, em Corumbá (MS), decidiram conscientizar sobre o problema por meio da arte. As crianças criaram uma peça teatral autoral, onde explicam os impactos das queimadas, como preveni-las e a quem recorrer em casos de emergência ambiental. A iniciativa une expressão artística, educação ambiental e engajamento social, mostrando que é possível mobilizar uma comunidade por meio da cultura. Até três estudantes e um educador de cada grupo premiado vão participar de atividades ligadas à 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30). Os integrantes também podem participar de uma experiência a ser realizada em parceria com Greenpeace Brasil. Além da visibilidade nacional, os grupos premiados receberão R$ 12 mil — sendo R$ 10 mil para a continuidade dos projetos ou outras ações dos grupos, e R$ 2 mil destinados ao educador responsável. A participação de crianças e adolescentes nessas atividades reforça a urgência de incluir, nos espaços de diálogo e tomadas de decisão, aqueles que já vivem os efeitos da emergência climática — e que mais sofrerão com ela nas próximas décadas. “O Prêmio Criativos da Escola + Natureza mostra que o protagonismo dos estudantes é real, potente e precisa ocupar os espaços de decisão. São eles que já enfrentam as consequências das mudanças climáticas no dia a dia e que têm muito a ensinar ao mundo sobre resistência, criatividade, cuidado e futuro”, destaca Fernanda de Andrade, coordenadora do programa Criativos da Escola. O Prêmio Criativos Escola + Natureza é uma iniciativa do programa Criativos da Escola, do Instituto Alana, com apoio da Undime e do Greenpeace Brasil. Esta edição recebeu 1.593 inscrições, engajando mais de 60 mil estudantes e 5.300 educadores de 738 municípios brasileiros. Entre os projetos inscritos, 468 incluíram estudantes com deficiência, e mais de 90% das propostas vieram de escolas públicas — com forte presença de instituições estaduais (51%) e municipais (33,2%). Escolas federais, privadas e organizações da sociedade civil também marcaram presença na premiação. Fonte: Criativos da Escola https://criativosdaescola.com.br/conheca-o-resultado-do-premio-criativos-escola-natureza/