02/07/2024 Undime
Debate abordou o desenvolvimento humano intelectual, físico, afetivo, social e cultural
Oferecer aos estudantes uma formação completa e abrangente que prepare os indivíduos para se tornarem cidadãos com pensamento crítico não requer apenas o ensino de disciplinas tradicionais como língua portuguesa, ciências e matemática. Também é necessário trabalhar habilidades socioemocionais, esportivas, culturais, entre outras.
Ter redes de ensino aptas para promover uma educação integral que, de fato, seja uma realidade nos municípios de todo país, foi alvo de debate da mesa redonda “Educação integral, integrada e integradora e as dimensões do ser”, que contou com a participação de Aline Zero, coordenadora de Educação Integral em Tempo Integral do Ministério da Educação; Marcelo Morais de Paula, coordenador do Núcleo de Ações de Ouvidoria e Prevenção da Corrupção da Regional da Controladoria Geral da União (CGU) no Pará; Marcos Antonio Fari Junior, professor de Educação Física e Mestre em Educação; Brenda Prata, especialista em Advocacy do Instituto Ayrton Senna; e mediação de Alessio Costa Lima Dirigente Municipal de Educação de Ibaretama/CE e presidente da Undime.
Para iniciar o debate, Alessio pontuou que a educação integral vai muito além da simples transmissão de conhecimentos acadêmicos básicos. “Estamos tratando de uma educação que busca desenvolver todas as potencialidades dos estudantes, considerando não apenas o seu aspecto intelectual, mas também o emocional, social, físico e cultural”.
A representante do MEC, Aline Zero, falou das ações do Programa Escola em Tempo Integral, que visa fomentar a criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica, na perspectiva da educação integral. Coordenado pelo Ministério, o programa prevê assistência técnica e financeira para a criação das matrículas em tempo integral, igual ou superior a 7 horas diárias ou 35 horas semanais, considerando propostas pedagógicas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na ampliação da jornada de tempo na perspectiva da educação integral, e a priorização das escolas que atendam estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica.
“Uma educação que prepare apenas para sucesso acadêmico ou profissional não dará conta de garantir autonomia para fazer e perseguir escolhas que resultem em uma vida melhor para cada um e para o mundo. Queremos que as crianças e jovens sejam capazes de fazer escolhas pessoais e coletivas, fundamentadas nos seus valores, no seu projeto de vida e que atuem no mundo de maneira responsável e solidária, enfrentando os desafios do século XXI”, ponderou Brenda Prata.
Marcelo Morais de Paula, da CGU, explicou que a comunidade escolar desempenha um papel crucial na formação cidadã dos indivíduos, ao oferecer um espaço para a discussão de questões relevantes e promovendo o desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para a vida em sociedade. “Neste sentido, a CGU entende a importância de apoiar a comunidade escolar na reflexão sobre temas relacionados ao exercício da cidadania, a fim de contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, que estejam atentos às ações dos governantes, sejam socialmente participativos e capazes de contribuir para uma sociedade mais justa e solidária”, afirmou.
Nessa perspectiva de fomentar o desenvolvimento de macrocompetências nos estudantes, Marcos Fari, apresentou o conceito de “Escolas Ativas”, que propõe a ampliação da atividade física como possibilidade de explorar o movimento humano e a cultura corporal do movimento em todas dimensões possíveis, como dança, música, para atuar no combate ao crescente sedentarismo infanto-juvenil, potencializado pela pandemia. Marcos alertou para o risco da hiperescolarização, do uso abusivo de telas e propôs que as escolas proporcionem espaços e materiais adequados pela dignidade do trabalho docente e respeito aos estudantes.
“Hoje, percebemos que as crianças estão se movimentando menos, com menos letramento corporal, como é chamado na medicina. Esse quadro impacta a coordenação motora. Então, o desafio da Escola em Tempo Integral é proporcionar possibilidades de explorar o movimento humano”, concluiu.
Fonte e fotos: Undime
Debate abordou o desenvolvimento humano intelectual, físico, afetivo, social e cultural Oferecer aos estudantes uma formação completa e abrangente que prepare os indivíduos para se tornarem cidadãos com pensamento crítico não requer apenas o ensino de disciplinas tradicionais como língua portuguesa, ciências e matemática. Também é necessário trabalhar habilidades socioemocionais, esportivas, culturais, entre outras. Ter redes de ensino aptas para promover uma educação integral que, de fato, seja uma realidade nos municípios de todo país, foi alvo de debate da mesa redonda “Educação integral, integrada e integradora e as dimensões do ser”, que contou com a participação de Aline Zero, coordenadora de Educação Integral em Tempo Integral do Ministério da Educação; Marcelo Morais de Paula, coordenador do Núcleo de Ações de Ouvidoria e Prevenção da Corrupção da Regional da Controladoria Geral da União (CGU) no Pará; Marcos Antonio Fari Junior, professor de Educação Física e Mestre em Educação; Brenda Prata, especialista em Advocacy do Instituto Ayrton Senna; e mediação de Alessio Costa Lima Dirigente Municipal de Educação de Ibaretama/CE e presidente da Undime. Para iniciar o debate, Alessio pontuou que a educação integral vai muito além da simples transmissão de conhecimentos acadêmicos básicos. “Estamos tratando de uma educação que busca desenvolver todas as potencialidades dos estudantes, considerando não apenas o seu aspecto intelectual, mas também o emocional, social, físico e cultural”. A representante do MEC, Aline Zero, falou das ações do Programa Escola em Tempo Integral, que visa fomentar a criação de matrículas em tempo integral em todas as etapas e modalidades da educação básica, na perspectiva da educação integral. Coordenado pelo Ministério, o programa prevê assistência técnica e financeira para a criação das matrículas em tempo integral, igual ou superior a 7 horas diárias ou 35 horas semanais, considerando propostas pedagógicas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na ampliação da jornada de tempo na perspectiva da educação integral, e a priorização das escolas que atendam estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica. “Uma educação que prepare apenas para sucesso acadêmico ou profissional não dará conta de garantir autonomia para fazer e perseguir escolhas que resultem em uma vida melhor para cada um e para o mundo. Queremos que as crianças e jovens sejam capazes de fazer escolhas pessoais e coletivas, fundamentadas nos seus valores, no seu projeto de vida e que atuem no mundo de maneira responsável e solidária, enfrentando os desafios do século XXI”, ponderou Brenda Prata. Marcelo Morais de Paula, da CGU, explicou que a comunidade escolar desempenha um papel crucial na formação cidadã dos indivíduos, ao oferecer um espaço para a discussão de questões relevantes e promovendo o desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para a vida em sociedade. “Neste sentido, a CGU entende a importância de apoiar a comunidade escolar na reflexão sobre temas relacionados ao exercício da cidadania, a fim de contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, que estejam atentos às ações dos governantes, sejam socialmente participativos e capazes de contribuir para uma sociedade mais justa e solidária”, afirmou. Nessa perspectiva de fomentar o desenvolvimento de macrocompetências nos estudantes, Marcos Fari, apresentou o conceito de “Escolas Ativas”, que propõe a ampliação da atividade física como possibilidade de explorar o movimento humano e a cultura corporal do movimento em todas dimensões possíveis, como dança, música, para atuar no combate ao crescente sedentarismo infanto-juvenil, potencializado pela pandemia. Marcos alertou para o risco da hiperescolarização, do uso abusivo de telas e propôs que as escolas proporcionem espaços e materiais adequados pela dignidade do trabalho docente e respeito aos estudantes. “Hoje, percebemos que as crianças estão se movimentando menos, com menos letramento corporal, como é chamado na medicina. Esse quadro impacta a coordenação motora. Então, o desafio da Escola em Tempo Integral é proporcionar possibilidades de explorar o movimento humano”, concluiu. Fonte e fotos: Undime