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28/11/2013 Undime

Tem início em Brasília o 2º Seminário Internacional de Educação Integral em Jornada Ampliada

[caption id="attachment_13025" align="aligncenter" width="717"]IMG_1155 (Foto: Undime)[/caption]

?Não há como fazer uma discussão de tempo, sem pensar no espaço e na mudança da forma de ensinar?. Foi essa a premissa, apresentada pelo presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), José Fernandes de Lima no 2º Seminário Internacional de Educação Integral em Jornada Ampliada, que teve início hoje (27/11) e segue até o dia 29, em Brasília (DF).

Com o tema ?Construindo a política de Educação Integral em Tempo Integral no Brasil?, representantes do poder público e de organismos internacionais defenderam a importância do programa Mais Educação como ação indutora de uma política nacional, capaz de apoiar a interlocução das escolas com suas comunidades e de ampliar o leque de oportunidades educativas para crianças e jovens no país.

Para Maria Salete Silva, coordenadora de Educação do Fundo das Organizações Unidas para a Infância (Unicef), a discussão que se dará ao longo do seminário perpassa necessariamente a garantia da permanência das crianças e adolescentes na escola e o acesso irrestrito ao ensino público. ?Não há hipótese de se considerar natural que uma criança não esteja na escola?, apresentou.

Em resposta ao sistema de ranking apresentado no início da semana, o secretário de educação do Distrito Federal, Marcelo Aguiar dos Santos, justificou que o sistema de comparação entre escolas é uma ?saída fácil? para não desenvolvermos uma política para todos, independente de classe social e econômica.

Para a diretora de Currículos e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica, Jaqueline Moll, o ranking de escolas apenas mostra a fragilidade do país e compromete o esforço que vem sendo empreendido pelas escolas. ?Quando ranqueamos e damos nota às nossas escolas, estamos ranqueando a desigualdade do país, que não teve a oportunidade de dar as mesmas condições para todos?, explicou, salientando que os primeiros lugares da lista são as escolas federais e particulares, que garantem a dedicação exclusiva do professor e trabalham com crianças e adolescentes com histórias de vida que não são a da maioria. ?Penso que quando virem esse ranking nossas escolas e nossas crianças vão pensar que são ruins mesmo, que não há possibilidade de mudança?, complementou.

A professora salientou que o Mais Educação segue como uma ação indutora de uma política nacional de educação integral, mas que seus ganhos apresentaram caminhos sólidos para o avanço da agenda no país como um todo. ?Ainda devemos essa escola pública, republicana para nossa população. Acredito que o Mais Educação trouxe amplitude das oportunidades educativas, o dinheiro direto na escola e a liberdade de escolha pelas escolas. Enquanto acharmos que no gabinete iremos propor um plano que funcionará para todas as redes, não avançaremos.?

Para Jaqueline, a educação integral não pode ser considerada uma Panaceia, ela é uma resposta aos anseios da nossa sociedade. ?As políticas públicas têm face; elas se constroem a partir das pessoas, das redes que se organizam pela mudança social.?

Segundo o secretário da Educação Básica, Romeu Caputo, que encerrou a abertura do Seminário, o Mais Educação é a frente de maior dispêndio orçamentário do Ministério, mas que segue como sua principal política e que só tende a crescer. ?É uma ação pessoalmente acompanhada pela Presidenta Dilma Rousseff e que está arraigada no Ministério.?

Autor: Centro de Referência em Educação Integral

http://educacaointegral.org.br/noticias/tem-inicio-em-brasilia-o-2o-seminario-internacional-de-educacao-integral-em-jornada-ampliada/

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