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30/05/2014 Undime

Palestrantes defendem mais Investimento em educação básica e reconhecimento do papel do educador

"Temos de ver a escola como possibilidade do desenvolvimento humano e que ela cumpra para a sociedade seu papel em relação ao conhecimento acumulado". O alerta é de Elvira Souza Lima, pesquisadora em desenvolvimento humano, que defendeu na manhã desta sexta-feira (30), durante a programação do 6º Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação, o uso dos conhecimentos da neurociência como auxílio a pedagogos e gestores em educação na hora de pensarem a rotina das salas de aula. Segundo ela, os dirigentes municipais de educação devem reconhecer seu papel na formação de crianças, jovens e adultos. "A gestão do conhecimento está na mão de vocês. Vocês são responsáveis por elaborar uma proposta para o futuro, vocês são os gestores de cérebros de adultos."

A pesquisadora destacou que, assim como os que estão sendo ensinados, os professores também precisam ter contínuo aprendizado, em sintonia com as transformações do mundo e com aquilo que está sendo lecionado. ?A formação continuada é fundamental para que os professores continuem aumentando seus conhecimentos e passando-os aos alunos?, ponderou.

Viviane Mosé, filósofa, psicóloga e psicanalista, tem opinião semelhante. "A formação do professor deve estar centrada em provocar no aluno valores", acrescentou.

Elvira salientou ainda a importância de os educadores terem clara a ideia de que o cérebro humano é interdisciplinar. Ponto que revela a importância de se ter um currículo bem pensado e que acompanhe as mudanças pelas quais o mundo vem passando. ?A possibilidade de aprendizado de nossas crianças é bem maior do que o que estamos fazendo?, disse e emendou: ?Estamos vivendo uma nova fronteira de compreensão da capacidade de aprender. Por isso, não podemos dizer: essa pessoa não poderá aprender. Todos têm o direito de aprender."

Viviane Mosé acredita que o aprender vem aliado ao apreender a informação. "O século XX democratizou o saber. Hoje temos uma nova relação de poder", ressaltou. A filósofa defendeu que nesse novo contexto os currículos escolares tenham alguns eixos: o desenvolvimento e domínio da língua portuguesa - por professores e alunos - e a inserção do ensino da arte nos currículos escolares. A valorização do ensino das Artes, em suas mais diversas formas, também foi apontada por Elvira Lima como meio de educar a atenção dos alunos.

Olhar para a base - As palestrantes defenderam maior atenção para a educação básica. "Há de se ter um cuidado enorme com a educação infantil, que é parte muito especial da educação", defendeu Elvira. E Viviane Mosé completou: "Precisamos construir formações específicas de professores para o ensino básico, nas universidades não há isso."

Autor: Kalinka Iaquinto para Undime


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