05/10/2017 Undime
(Foto: Centro de Referências em Educação Integral)
Levar inovações para a escola não precisa ser algo caro e trabalhoso. Algumas experiências selecionadas pelo Centro de Referências em Educação Integral mostram que é possível promover o desenvolvimento integral e facilitar a aprendizagem mesmo sem muitos recursos. Confira sete projetos de diferentes áreas:
1. Sussurrofone
Ler em voz alta diante da turma pode ser algo muito difícil para alguns estudantes, principalmente se a leitura for em outro idioma. Foi o que constatou a professora Lucienne de Castro Gomes, da Escola Municipal José Madureira Horta (Belo Horizonte/MG). “Notei que muitos alunos ficavam com vergonha e inibidos de ler em inglês”, conta.
Depois de pesquisar alguns métodos para solucionar o problema, Lucienne chegou ao “Whisper Phone” (telefone do sussurro), aparelho norte-americano que funciona como um telefone onde o aluno fala em voz baixa e escuta a própria pronúncia.
Pensando em adotar a prática, a professora adaptou o acessório e confeccionou um telefone com cano de PVC para os alunos. “Quando você fala no cano as ondas espalham e vão direto para o ouvido, deixando a sua voz mais nítida sem interferência de barulho externo”, explica.
Os estudantes adoraram a proposta da professora. “Foi muito bom porque o resultado foi imediato. Eles se sentiram mais motivados, melhoraram entonação, pontuação, ritmo”. Lucienne conta que a escola passou a adotar o “sussurrofone” em aulas de português e atividades com alunos autistas.
A professora também recomenda envolver os alunos no processo de construção do acessório. “É um material pedagógico. Eles mesmos podem montar e usar para brincar”, diz. Para confeccionar, são necessários um cano e dois joelhos de PVC, com custo total de aproximadamente R$2,00 por aparelho.
2. Tapete sensorial
Propor atividades que estimulam os cinco sentidos é uma forma divertida de trabalhar formas geométricas, texturas e elementos da natureza. Para isso, a creche Carmem Sola Modolin Aquilante, de Barri/SP, confeccionou um tapete sensorial. A ideia é que os alunos caminhem e engatinhem pelo tapete, experimentando diferentes sensações que aquelas texturas proporcionam.
Para fazer o tapete sensorial, basta montar um caminho com diferentes materiais, como caixas de ovo, plástico bolha e papel texturizado, para ser percorrido pelo aluno. Também é possível colocar terra, pedras e folhas, proporcionando mais contato com a natureza.
3. Jardim sensorial
Na mesma linha, a Escola Municipal Professora Eladir Skibinski, de Joinville/SC, criou um jardim sensorial com diferentes plantas, água, terra e pedras. Além de explorar os sentidos e apresentar os elementos da natureza, é uma forma de trabalhar a sustentabilidade e o meio ambiente.
4. Arte e natureza
Integrar o conteúdo trabalhado em sala de aula com os recursos do território. Essa foi a ideia de Maria da Paz Melo, professora de Artes da E.M. Valéria Junqueira Paduan (Santa Rita do Sapucaí/MG), ao perceber que o desenhos de seus alunos do 4º ano poderiam ser aprimorados.
Na tentativa de melhorar os desenhos e ampliar as referências dos estudantes, Maria propôs que as crianças explorassem a diversidade que uma escola rural como a deles proporciona. Os alunos deveriam, então, usar folhas, pedras, galhos e outros recursos da natureza para criar e desenhar.
5. Plano cartesiano
A professora Marlene Garcia Alves, do Colégio Estadual Vale do Saber (Apucarana/PR), também apostou em explorar o lado artístico dos estudantes, mas, dessa vez, para desenvolver o conteúdo de geometria analítica no 8º ano.
A professora propôs que os alunos usassem o plano cartesiano para construir fachadas de casas. Dessa forma, além de aprender os conceitos, eles poderiam explorar a criatividade para criar as casas.
6. Metro quadrado na prática
Célia Maria Batista, da Escola Municipal Presidente Castello Branco (Joinville/SC), também encontrou uma forma divertida de ensinar conceitos da matemática. Percebendo que os alunos tinham dificuldade para entender a noção de área, ela resolveu mostrar na prática o que é um metro quadrado.
Para isso, a professora fez uma atividade onde os alunos do 6º ano deveriam construir um quadrado de 1 metro de lado com jornais e revistas. Dessa forma, colocando a mão na massa, os alunos conseguem ter uma noção melhor do que significa essa medida.
7. Educação Física e História
O professor de educação física Cássio Leandro Muhe Consentino, do CEI Profª Tereza Matsumoto (Curitiba/PR), queria oferecer atividades que fossem além do exercício físico e ampliassem o repertório cultural dos alunos. Para isso, ele se inspirou na série Game of Thrones e levou a ideia das justas medievais, torneios disputados por cavaleiros da Idade Média, para as aulas.
Primeiro, Cássio fez um trabalho de contextualização histórica sobre o período medieval com os alunos e, depois, confeccionaram os itens necessários para as disputas. Cabos de vassoura foram os cavalos, colchonetes, os escudos e espaguetes de piscina, as armas.
Fonte: Centro de Referências em Educação Integral
(Foto: Centro de Referências em Educação Integral) Levar inovações para a escola não precisa ser algo caro e trabalhoso. Algumas experiências selecionadas pelo Centro de Referências em Educação Integral mostram que é possível promover o desenvolvimento integral e facilitar a aprendizagem mesmo sem muitos recursos. Confira sete projetos de diferentes áreas: 1. Sussurrofone Ler em voz alta diante da turma pode ser algo muito difícil para alguns estudantes, principalmente se a leitura for em outro idioma. Foi o que constatou a professora Lucienne de Castro Gomes, da Escola Municipal José Madureira Horta (Belo Horizonte/MG). “Notei que muitos alunos ficavam com vergonha e inibidos de ler em inglês”, conta. Depois de pesquisar alguns métodos para solucionar o problema, Lucienne chegou ao “Whisper Phone” (telefone do sussurro), aparelho norte-americano que funciona como um telefone onde o aluno fala em voz baixa e escuta a própria pronúncia. Pensando em adotar a prática, a professora adaptou o acessório e confeccionou um telefone com cano de PVC para os alunos. “Quando você fala no cano as ondas espalham e vão direto para o ouvido, deixando a sua voz mais nítida sem interferência de barulho externo”, explica. Os estudantes adoraram a proposta da professora. “Foi muito bom porque o resultado foi imediato. Eles se sentiram mais motivados, melhoraram entonação, pontuação, ritmo”. Lucienne conta que a escola passou a adotar o “sussurrofone” em aulas de português e atividades com alunos autistas. A professora também recomenda envolver os alunos no processo de construção do acessório. “É um material pedagógico. Eles mesmos podem montar e usar para brincar”, diz. Para confeccionar, são necessários um cano e dois joelhos de PVC, com custo total de aproximadamente R$2,00 por aparelho. 2. Tapete sensorial Propor atividades que estimulam os cinco sentidos é uma forma divertida de trabalhar formas geométricas, texturas e elementos da natureza. Para isso, a creche Carmem Sola Modolin Aquilante, de Barri/SP, confeccionou um tapete sensorial. A ideia é que os alunos caminhem e engatinhem pelo tapete, experimentando diferentes sensações que aquelas texturas proporcionam. Para fazer o tapete sensorial, basta montar um caminho com diferentes materiais, como caixas de ovo, plástico bolha e papel texturizado, para ser percorrido pelo aluno. Também é possível colocar terra, pedras e folhas, proporcionando mais contato com a natureza. 3. Jardim sensorial Na mesma linha, a Escola Municipal Professora Eladir Skibinski, de Joinville/SC, criou um jardim sensorial com diferentes plantas, água, terra e pedras. Além de explorar os sentidos e apresentar os elementos da natureza, é uma forma de trabalhar a sustentabilidade e o meio ambiente. 4. Arte e natureza Integrar o conteúdo trabalhado em sala de aula com os recursos do território. Essa foi a ideia de Maria da Paz Melo, professora de Artes da E.M. Valéria Junqueira Paduan (Santa Rita do Sapucaí/MG), ao perceber que o desenhos de seus alunos do 4º ano poderiam ser aprimorados. Na tentativa de melhorar os desenhos e ampliar as referências dos estudantes, Maria propôs que as crianças explorassem a diversidade que uma escola rural como a deles proporciona. Os alunos deveriam, então, usar folhas, pedras, galhos e outros recursos da natureza para criar e desenhar. 5. Plano cartesiano A professora Marlene Garcia Alves, do Colégio Estadual Vale do Saber (Apucarana/PR), também apostou em explorar o lado artístico dos estudantes, mas, dessa vez, para desenvolver o conteúdo de geometria analítica no 8º ano. A professora propôs que os alunos usassem o plano cartesiano para construir fachadas de casas. Dessa forma, além de aprender os conceitos, eles poderiam explorar a criatividade para criar as casas. 6. Metro quadrado na prática Célia Maria Batista, da Escola Municipal Presidente Castello Branco (Joinville/SC), também encontrou uma forma divertida de ensinar conceitos da matemática. Percebendo que os alunos tinham dificuldade para entender a noção de área, ela resolveu mostrar na prática o que é um metro quadrado. Para isso, a professora fez uma atividade onde os alunos do 6º ano deveriam construir um quadrado de 1 metro de lado com jornais e revistas. Dessa forma, colocando a mão na massa, os alunos conseguem ter uma noção melhor do que significa essa medida. 7. Educação Física e História O professor de educação física Cássio Leandro Muhe Consentino, do CEI Profª Tereza Matsumoto (Curitiba/PR), queria oferecer atividades que fossem além do exercício físico e ampliassem o repertório cultural dos alunos. Para isso, ele se inspirou na série Game of Thrones e levou a ideia das justas medievais, torneios disputados por cavaleiros da Idade Média, para as aulas. Primeiro, Cássio fez um trabalho de contextualização histórica sobre o período medieval com os alunos e, depois, confeccionaram os itens necessários para as disputas. Cabos de vassoura foram os cavalos, colchonetes, os escudos e espaguetes de piscina, as armas. Fonte: Centro de Referências em Educação Integral https://goo.gl/r4n3TX