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28/09/2017 Undime

Undime debate os desafios dos anos finais do fundamental em seminário internacional

Representantes das presidências das 26 seccionais da Undime participam, nesta quarta (27) e quinta-feira (28), do "Seminário Internacional Desafios e Oportunidades para os Anos Finais do Ensino Fundamental". O evento, promovido pelo Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Banco Mundial, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Inspirare, acontece em Brasília e conta com a participação de cerca de 150 pessoas, entre especialistas da área, representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), coordenadores de ensino fundamental, fundações de apoio à qualidade do ensino e jornalistas.

Considerando os vários desafios dessa etapa da educação básica, o seminário tem como objetivo discutir o que as escolas podem fazer para engajar e envolver os adolescentes. A ideia é abordar também as políticas públicas que podem suavizar a transição dos anos finais do ensino fundamental para o ensino médio e como os sistemas educacionais podem garantir uma aprendizagem equitativa. Por isso, serão realizadas mesas e rodadas de discussão com compartilhamento de resultados, painéis, palestras e pílulas, que trazem exposições curtas, de 15 minutos, de experiências bem-sucedidas ou inovadoras para motivar e inspirar os debates.

Na mesa de abertura, realizada na manhã desta terça (27), estavam presentes: o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva; o presidente da Undime e Dirigente Municipal de Educação de Alto Santo (CE), Alessio Costa Lima; o vice-presidente do Consed e secretário de Estado de Educação de Pernambuco, Fred Amancio; a representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer; e o representante do Banco Mundial, Pedro Olímpio.

Ao dar as boas-vindas aos participantes, o secretário de Educação Básica lembrou que, em geral, há muito debate em relação ao ensino médio, à educação infantil, aos anos inicias do ensino fundamental e à alfabetização. Entretanto, é preciso um olhar especial aos anos finais do ensino fundamental. Segundo Rossieli, preponderantemente o ensino médio é de responsabilidade dos estados e a educação infantil dos municípios, porém a etapa do 6º ao 9º ano tem a característica de divisão entre estados e municípios, já que é uma etapa extremamente dividida no atendimento das escolas públicas. Para Rossieli, essa é uma característica que deve ser discutida, pois é uma transição complexa na qual há uma taxa de reprovação de cerca de 14% dos alunos e a evasão nesse período de transição também é considerável. "Precisamos olhar com mais carinho para essa etapa, iniciar um debate mais profundo com os cuidados que se deve ter", disse ele ao acrescentar que "nossa preocupação é muito grande em apoiar estados e municípios, mas também ouvir boas práticas que estão sendo realizadas".

A representante do Unicef concordou que essa etapa da educação apresenta fragilidades. Florence lembrou que "temos 2,8 milhões de crianças e adolescentes que deveriam estar na escola e não estão. Além de não terem garantido o direito de aprender, estão em situação de risco". Ela reiterou ainda que os desafios começam no ensino fundamental, onde cerca de 26% das crianças apresentam distorção idade-série.

Mesmo com os grandes avanços no que diz respeito às políticas públicas, na perspectiva do acesso, em torno da universalização de matrículas e de todo o esforço de assegurar o direito à educação; e na perspectiva da qualidade, no que tange ao direito da criança de ser alfabetizada na idade correta, fato que apresenta resultados positivos no Saeb em relação ao 5º ano, os anos finais do ensino fundamental merecem mais atenção. O presidente da Undime relatou que os bons resultados referentes aos anos iniciais não se mantêm nos anos finais e no ensino médio. "Não podemos acreditar que só investindo e assegurando que as crianças sejam alfabetizadas no início, é suficiente para repercutir em toda a trajetória escolar para que aquela criança seja bem-sucedida". Alessio reitera a necessidade de políticas focadas e direcionadas para cada uma das etapas e acrescenta "temos de ter clareza de que, se queremos uma política de educação séria, com qualidade, nós temos que ter investimentos sólidos".

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Fonte/ Fotos: Undime


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