23/11/2016 Undime
(Foto: Undime SP)
A Undime São Paulo promoveu na última sexta-feira (18) um seminário sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na ocasião, o presidente da Undime e Dirigente Municipal de Educação de Tabuleiro do Norte (CE), Alessio Costa Lima, participou e falou sobre os desafios da implementação da Base. O evento ocorreu na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores (Efap), na capital São Paulo.
O seminário reuniu 200 pessoas entre dirigentes municipais de educação, técnicos das secretarias de educação e professores. O objetivo foi debater a Base e os próximos passos no que diz respeito à implementação do documento. Atualmente a Base está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE).
Em setembro, o então presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e secretário de Estado da Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, e o presidente da Undime entregaram ao Ministro da Educação, Mendonça Filho, o posicionamento com sugestões de melhoria do texto da segunda versão da Base Nacional Comum Curricular.
O documento foi elaborado a partir das contribuições de mais de 9,2 mil professores, gestores, especialistas e entidades de educação que participaram dos seminários realizados entre junho e agosto em todos os estados brasileiros. A partir disso, coube ao MEC a redação da terceira versão, em discussão no CNE.
No seminário da seccional SP, o presidente da Undime falou sobre o processo de discussão e análise da segunda versão da Base e, no que diz respeito aos desafios da implementação, lembrou que a Base está prevista na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nas Diretrizes Curriculares e na Lei 13.005/ 2014, que institui o Plano Nacional de Educação (PNE). Para Alessio, os principais desafios estão na aplicação prática da Base. "A Base vai impactar diretamente nas políticas de formação de professores, de materiais e tecnologias educacionais, de infraestrutura escolar e de avaliação da educação básica", avaliou.
Para a presidenta da Undime SP e Dirigente Municipal de Educação de Pereira Barreto (SP), Marialba Carneiro, o êxito da implementação depende da participação daqueles que efetivam as políticas públicas em sala de aula e de todo o conjunto da comunidade. "A Base não significa só atender leis, é um documento estruturante, a Undime entende ser um documento de equidade, assegurando que todo brasileiro, em todas as regiões do país, tenha garantido o acesso à aprendizagem de conhecimentos fundamentais para o seu desenvolvimento frente ao projeto de vida que desejar", afirmou ela.
A presidenta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, também participou do seminário. Na oportunidade, afirmou que a Base envolverá obrigatoriamente uma rediscussão do pacto federativo e das atribuições de responsabilidades de oferta e monitoramento nas diferentes esferas de governo, tendo por base a Constituição de 1988 , a LDB de 1996 e incluindo o financiamento público da educação.
Ainda de acordo com ela, quando a Base estiver pronta, o currículo deve indicar contextos globais, nacionais comunitários e locais para significação da aprendizagem. Na visão de Maria Inês é preciso trabalhar com o currículo para que os alunos desenvolvam essas estruturas e processos mentais e não memorizem respostas antigas para problemas conhecidos.
No âmbito dos desafios relacionados à implementação da BNCC, a presidenta da Undime SP lembrou que os municípios de pequeno porte enfrentarão dificuldades como, por exemplo, a indefinição sobre as especificidades dos programas de formação inicial dos professores e a insuficiência de capacidade técnica (escassez de recursos humanos) para o desenvolvimento e definição dos currículos próprios. "A Base Nacional Comum Curricular deverá ser um norte que irá sinalizar caminhos para elaborar currículos nas redes de Ensino do Brasil. Os currículos serão elaborados respeitando as especificidades, peculiaridades e as diversidades das regiões, das redes e das escolas em si", lembrou Marialba Carneiro.
Confira as apresentações utilizadas pelos palestrantes:
Undime: presidente e DME de Tabuleiro do Norte (CE), Alessio Costa Lima
Undime SP: presidenta e DME de Pereira Barreto (SP), Marialba Carneiro
Inep: presidenta, Maria Inês Fini
Confira mais fotos do seminário:
Fonte: Undime/ Fotos: Undime SP
(Foto: Undime SP) A Undime São Paulo promoveu na última sexta-feira (18) um seminário sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na ocasião, o presidente da Undime e Dirigente Municipal de Educação de Tabuleiro do Norte (CE), Alessio Costa Lima, participou e falou sobre os desafios da implementação da Base. O evento ocorreu na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores (Efap), na capital São Paulo. O seminário reuniu 200 pessoas entre dirigentes municipais de educação, técnicos das secretarias de educação e professores. O objetivo foi debater a Base e os próximos passos no que diz respeito à implementação do documento. Atualmente a Base está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE). Em setembro, o então presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e secretário de Estado da Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, e o presidente da Undime entregaram ao Ministro da Educação, Mendonça Filho, o posicionamento com sugestões de melhoria do texto da segunda versão da Base Nacional Comum Curricular. O documento foi elaborado a partir das contribuições de mais de 9,2 mil professores, gestores, especialistas e entidades de educação que participaram dos seminários realizados entre junho e agosto em todos os estados brasileiros. A partir disso, coube ao MEC a redação da terceira versão, em discussão no CNE. No seminário da seccional SP, o presidente da Undime falou sobre o processo de discussão e análise da segunda versão da Base e, no que diz respeito aos desafios da implementação, lembrou que a Base está prevista na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nas Diretrizes Curriculares e na Lei 13.005/ 2014, que institui o Plano Nacional de Educação (PNE). Para Alessio, os principais desafios estão na aplicação prática da Base. "A Base vai impactar diretamente nas políticas de formação de professores, de materiais e tecnologias educacionais, de infraestrutura escolar e de avaliação da educação básica", avaliou. Para a presidenta da Undime SP e Dirigente Municipal de Educação de Pereira Barreto (SP), Marialba Carneiro, o êxito da implementação depende da participação daqueles que efetivam as políticas públicas em sala de aula e de todo o conjunto da comunidade. "A Base não significa só atender leis, é um documento estruturante, a Undime entende ser um documento de equidade, assegurando que todo brasileiro, em todas as regiões do país, tenha garantido o acesso à aprendizagem de conhecimentos fundamentais para o seu desenvolvimento frente ao projeto de vida que desejar", afirmou ela. A presidenta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, também participou do seminário. Na oportunidade, afirmou que a Base envolverá obrigatoriamente uma rediscussão do pacto federativo e das atribuições de responsabilidades de oferta e monitoramento nas diferentes esferas de governo, tendo por base a Constituição de 1988 , a LDB de 1996 e incluindo o financiamento público da educação. Ainda de acordo com ela, quando a Base estiver pronta, o currículo deve indicar contextos globais, nacionais comunitários e locais para significação da aprendizagem. Na visão de Maria Inês é preciso trabalhar com o currículo para que os alunos desenvolvam essas estruturas e processos mentais e não memorizem respostas antigas para problemas conhecidos. No âmbito dos desafios relacionados à implementação da BNCC, a presidenta da Undime SP lembrou que os municípios de pequeno porte enfrentarão dificuldades como, por exemplo, a indefinição sobre as especificidades dos programas de formação inicial dos professores e a insuficiência de capacidade técnica (escassez de recursos humanos) para o desenvolvimento e definição dos currículos próprios. "A Base Nacional Comum Curricular deverá ser um norte que irá sinalizar caminhos para elaborar currículos nas redes de Ensino do Brasil. Os currículos serão elaborados respeitando as especificidades, peculiaridades e as diversidades das regiões, das redes e das escolas em si", lembrou Marialba Carneiro. Confira as apresentações utilizadas pelos palestrantes: Undime: presidente e DME de Tabuleiro do Norte (CE), Alessio Costa LimaUndime SP: presidenta e DME de Pereira Barreto (SP), Marialba CarneiroInep: presidenta, Maria Inês Fini Confira mais fotos do seminário: Fonte: Undime/ Fotos: Undime SP
.png)
.png)
