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23/06/2016 Undime

Base Nacional Comum Curricular começa a ser analisada nesta quinta

(Foto: Undime)

A nova fase do processo de discussão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) começou nesta semana. Depois da divulgação da segunda versão do documento pelo Ministério da Educação (MEC), em maio, chegou a hora de municípios e unidades da Federação debaterem as mudanças que ainda precisam ser feitas. O seminário do Distrito Federal ocorrerá em 26 e 28 de julho e entre amanhã e a próxima segunda-feira a Secretaria de Educação do Distrito Federal deve lançar a chamada pública para convocar a população a participar.

Firmino Moreira, assessor da Subsecretaria de Educação Básica da Secretaria de Educação, explica que será feita uma seleção dos candidatos, que terá o resultado divulgado em 20 de julho. A prioridade é para organizações da sociedade civil ligadas ao setor de educação, tanto alunos quanto professores das redes pública e particular de ensino.

O prazo inicial para a realização dos seminários era maio, para que a terceira versão da BNCC ficasse pronta até o fim de junho, como prevê o Plano Nacional de Educação (PNE). No entanto, o MEC estendeu a data, a pedido do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). “Num prazo tão curto, não conseguiríamos dar legitimidade ao processo. Queremos uma participação ampla da sociedade”, diz Firmino.

A orientação para quem vai participar dessa etapa é ler a segunda versão do documento, disponível no site basenacionalcomum.mec.gov.br. O próprio questionário on-line que o participante terá de responder ajudará a orientar a leitura e a avaliação do texto. Entre mediadores, redatores e auxiliares, o seminário do DF deve contar com uma equipe de 40 pessoas. No primeiro dia, haverá a abertura do evento e uma palestra para orientar os outros turnos da discussão. Os participantes serão divididos em grupos de trabalho: um para educação infantil; um voltado aos anos iniciais do ensino fundamental; três grupos temáticos sobre os anos finais do ensino fundamental — códigos e linguagens, ciências humanas e ciências naturais —; mais três para o ensino médio, divididos da mesma forma; e um para debater temas transversais.

Preparativos

No começo desta semana teve início a preparação para os seminários locais. A formação foi organizada pela Undime e pelo Consed e ocorreu na Universidade de Brasília (UnB). Durante o evento, os participantes conheceram a metodologia sugerida para esses encontros. Foi apresentada a estrutura da Base e tratados temas como textos introdutórios e áreas do conhecimento. Os leitores críticos, especialistas que avaliaram o documento preliminar da base, participaram de mesas para discutir as áreas do conhecimento e as etapas da educação referentes à segunda versão. A expectativa é que os seminários locais contem com 250 a 350 participantes, a depender do tamanho da unidade da Federação.

O presidente da Undime, Alessio Costa Lima, acredita que a segunda versão da base tenha atendido à maioria dos pontos criticados durante a consulta pública, uma vez que o documento dobrou de tamanho. “O que vamos analisar agora é a qualidade dessas incorporações”, explica. Apesar de terem pedido a dilatação do prazo, para que a organização das discussões locais fosse mais bem pensada, Lima reforça que o ideal é a discussão não se alongar. “O nosso país requer, há muito, um documento que diga, de forma bem clara, para o profissional de educação, para o aluno e para a família, o que de fato o estudante precisa aprender em cada etapa”, avalia.

Próximo passo

“O fato de a segunda versão ter tido avanços em relação à primeira, traz uma responsabilidade grande para estados e municípios, mas é uma responsabilidade boa, pois mostra que é possível esse aperfeiçoamento”, observa Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Nessa fase, ela acredita que será preciso olhar com mais atenção para a transição entre as etapas da educação básica. A passagem dos anos inicias para os finais do ensino fundamental, por exemplo, precisa ter objetivos de aprendizagem bem definidos. “É um momento muito delicado. O aluno começa a encontrar muita dificuldade na escola, e isso, mais tarde, vai gerar a desistência que nós vemos no fim do ensino fundamental. Eles precisam de maior organização para os estudos e devem entender a lógica da construção de cada área do conhecimento.”

Fonte: Correio Braziliense

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