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04/02/2016 Undime

No AM, Mercadante lança plano para melhorar educação na região Norte

(Foto: Jamile Alves/ G1 AM)

O novo ciclo do Plano de Ações Articuladas (PAR) para a região Norte foi lançado nesta quarta-feira (3), em Manaus, pelo Ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O projeto visa aumentar os índices regionais de educação, que seguem abaixo da média nacional. Para isso, a educação indígena e em comunidades ribeirinhas da região devem receber atenção especial a partir deste ano, conforme Mercadante.

A falta de professores para atuar em escolas de periferia também deve ser foco do Plano, que prevê ainda verba para a construção de escolas de educação infantil e creches. O valor do investigado destinado às obras não foi divulgado pelo ministro.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o novo ciclo do PAR - que tem metas estabelecidas até 2019 - deve funcionar como um canal de interação do Governo Federal com os sistemas de ensino, além de alinhar os planos estaduais e municipais ao Plano Nacional de Educação (PNE) e ao Plano Plurianual (PPA).

Com o projeto, também devem ser integrados dados de controle e gestão da educação que tratam das condições das instalações, acessibilidade, do projeto político pedagógico das escolas, finanças e formação dos professores.

(Foto: Jamile Alves/ G1 AM)

Para Mercadante, o PAR - que foi criado em 2007 - deverá servir de orientação para a relação entre o MEC e as secretarias de educação estaduais e municipais. Além do lançamento do novo plano, o ministro coordenou uma reunião técnica referente ao Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa.
"Nós verificamos que mais de 22% das crianças não aprendem a ler até os 8 anos, que uma entre cada três, não aprendem a escrever do modo que deveriam, e que uma entre duas crianças não aprende os princípios básicos da matemática. Na região Norte, a situação é ainda mais grave. Estamos fazendo um projeto específico para a região para reverter esse cenário", disse o Ministro em coletiva de imprensa.

Com o PAR, as secretarias de educação devem acordar com o MEC sobre as prioridades de investimento para melhorar o setor.
"A prioridade do MEC para este ano é a meta número um do PNE, ou seja, que todas as crianças de 4 e 5 anos estejam nas escolas em 2016. Em geral, as que estão fora das escolas são as mais pobres e, aqui no Amazonas, é a população ribeirinha e de cidades mais distantes", afirmou.

Para resolver o problema, quesitos como o transporte devem ser reavaliados. "Nós vamos refazer o cálculo de transporte escolar para o Norte. A região não pode ser tratada como outra região nesse quesito, pois os desafios para enfrentar são muito maiores. Tem escolas aqui que, para a merenda chegar, demora 90 dias. Aqui tudo é muito grande e, portanto, mais caro", disse.

(Foto: Jamile Alves/ G1 AM)

Fonte: G1

http://goo.gl/7OgEZn

Outro desafio para o Norte é a educação indígena, que deve ganhar destaque no novo plano. Segundo Aloízio Mercadante, o PAR deve ser específico para o grupo.

"Temos 9 mil jovens indígenas nas universidades, que vão se formar em várias áreas. Nós pretendemos criar um curso de especialização e pós-graduação voltado para gestão de terras indígenas, para que esses jovens possam conhecer a legislação, administração, finanças, culturas e ecoturismo, para usufruir melhor dessas demarcações", completou.
Um obstáculo, que também deve receber prioridade no novo ciclo do Plano de Articulações, é a falta de professores para atuar em escolas de periferia. Ainda conforme o ministro, os docentes devem receber uma compensação salarial para exercer a função nessas unidades.

 


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